quarta-feira, 29 de junho de 2011

O problema da Presidenta Dilma é a falta de rumo do Governo - Guilherme Afif




Trecho da entrevista do dia 29/06/2011 no Valor Econômico
Valor: Como o senhor rebate as críticas à falta de ideologia do PSD?

Afif: Sempre disse que esses carimbos, de esquerda e direita, são coisas do século passado. Onde já se viu o PT defendendo privatização de aeroporto? Estão acanhados pra burro, mas defendendo.
Valor: Que prejuízos o senhor viu e que consequências teve ou terá para a base do governo Dilma essa crise pela qual o governo federal passou com a saída do Palocci?
Afif: Uma vez eu li [o livro] "A tirania do status quo", do [casal] Milton e Rose Friedman, no qual eles diziam que nas democracias os governos têm um ano de estado de graça, que é o primeiro, no qual ele está vindo da transfusão de votos, então tem força. E vejo que o governo Dilma perdeu muito rapidamente este primeiro ano. Com esta visão errática. Se for tentar fazer no segundo ano já não consegue. As reformas fundamentais estão sendo rapidamente sacrificadas.
Valor: Isso não prejudica o projeto do PSD, que surgiu muito como um partido parceiro?
Afif: Mas quem disse que ele é parceiro de um projeto? Ele pode ser parceiro de um projeto que venha ao encontro do anseio de um partido emergente. Primeiro, não somos beligerantes. Segundo, não somos automaticamente adeptos. Queremos ser um partido com uma visão de independência, não beligerante.
Valor: Qual é sua opinião sobre uma das teses correntes que afirma que essa primeira crise do governo Dilma ocorreu porque a base é ampla demais e difícil de satisfazer? Uma base tão grande acaba levando à paralisia?
Afif: Se você sabe para onde quer ir você consegue usar uma base tão ampla para traçar o caminho. Então, isso é que preocupa. Você tem uma base ampla sem um objetivo claro. Por falta de objetivo, essa base acaba trabalhando muito mais te pressionando do que você a pressionando.
Valor: Esse é um dos problemas do governo Dilma?
Afif: Acho que é o maior. A ausência de rumo. Eu já previa isso. É uma manutenção, um "déjà vu", aquilo que já estava sendo feito, os programas sociais...
Valor: Que rumo o senhor esperava que ela tomasse e está demorando a tomar?
Afif: Ter um controle dos gastos públicos visando o enxugamento de estrutura, abrindo campo para o investimento.

A Pobreza do Atual Debate Sobre Pobreza


É preciso parar investigar o pobre, ou melhorar as condições dos pobres.  Devemos investigar os fatores que geram pobreza com o objetivo de gerar igualdade de oportunidades para todos. 
Educação é o principal pilar..... 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Apresentando a máquina concentradora de renda


Por Ricardo Amorim
Economista, apresentador do programa Manhattan Connection da Globonews e presidente da Ricam Consultoria


Desde 1994, com a queda da inflação, a distribuição de renda no Brasil está melhorando substancialmente. Só nos últimos 5 anos, 45 milhões de brasileiros – mais do que toda a população da Espanha – deixaram as classes D e E. No mesmo período, 55 milhões entraram nas classes A, B, C. Em outras palavras, o Brasil ganhou uma Itália de consumidores de classe média e alta neste período. Se mantivermos o ritmo de melhora de distribuição de renda dos últimos 15 anos, antes do final desta década, a distribuição de renda no Brasil será melhor do que nos EUA.
Razão para comemorarmos, certo? Ainda não. Recentemente, a inflação subiu e, para não provocar uma desaceleração mais brusca do crescimento econômico, o Banco Central foi relativamente leniente. Além de outros efeitos nocivos, esta opção retarda e pode até reverter o processo de redistribuição de renda no Brasil de várias formas.
Não foi coincidência que o país teve as maiores taxas de inflação do planeta e uma das piores distribuições de renda do mundo. Quem mais sofre com a inflação é quem não tem conta bancária para proteger seu dinheiro da corrosão inflacionária, exatamente os mais pobres.
Em particular, a recente alta inflacionária foi liderada por uma elevação significativa do preço dos alimentos, que também atinge particularmente os mais pobres, que gastam uma parcela mais significativa de sua renda com comida.
Ao optar por não combater a inflação de forma mais dura agora, o Banco Central, provavelmente, terá de agir com mais rigor no futuro. Como com qualquer doença, quanto mais demoramos para tratá-la, maiores as doses necessárias de remédios e seus efeitos colaterais. No caso, o remédio é a elevação da taxa de juros, que, além de frear a atividade econômica, também funciona como um mecanismo concentrador de renda. Enquanto os mais pobres, normalmente, tem dívidas, cujo financiamento fica mais caro com a alta dos juros; os mais ricos tem aplicações financeiras, cuja rentabilidade sobe junto com os juros.
Para reacelerar o processo de redistribuição de renda no Brasil, além de parar de titubear no combate à inflação, o governo precisaria, apenas, de mais duas medidas.
Primeiro, aumentar investimentos em educação básica. Além da própria inflação, as raízes de nossa má distribuição de renda estão na péssima distribuição de oportunidades educacionais. Crianças sem acesso a educação de qualidade transformam-se em trabalhadores desqualificados, com baixa produtividade e baixos salários.
Além disso, o governo deveria reduzir seus gastos. Assim, diminuiria sua necessidade de financiamento, permitindo que os juros caíssem. Permitiria também a redução de impostos, que, no Brasil, penalizam os mais pobres com uma concentração de impostos sobre consumo. Enquanto aqueles com maior renda conseguem poupar parte dela, os mais pobres gastam tudo que ganham e, às vezes, até mais do que ganham em consumo.
O Brasil não chegou a uma das piores distribuições de renda do planeta por acaso. Já passou da hora de aposentarmos nossa máquina concentradora de renda.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Arrecadação federal cresce 10,69% de janeiro a maio e bate recorde


A arrecadação das receitas e contribuições federais atingiu o valor recorde para o mês de maio de R$ 71,534 bilhões, segundo os dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira. O resultado representa uma queda real (deflacionado pelo IPCA) de 16,39% ante abril, mas é 7,18% maior do que registrado em maio do ano passado.
No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação totalizou R$ 382,883 bilhões, alta real de 10,69% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.
O crescimento da arrecadação no acumulado do ano tem perdido fôlego, segundo os dados da Receita. O recolhimento de tributos começou o ano com uma alta de 15,34% em janeiro ante janeiro de 2010, diminuiu a 13,01% no acumulado do primeiro bimestre e passou a 11,96% nos três primeiros meses. Até abril, o avanço da arrecadação foi de 11,51% e, agora, no acumulado dos cinco primeiros meses, passou a 10,69% em relação ao mesmo período do ano passado.

Risco do Brasil é menor que o dos EUA, diz Mantega


Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que, pela primeira vez na história, o risco do Brasil é menor que o dos Estados Unidos. Em entrevista no Palácio do Planalto, Mantega disse que a notícia mostra "a solidez da economia brasileira e a confiança que temos do mercado".
Mantega citou o risco medido pelo swap de default de crédito (CDS, na sigla em inglês), que representa o custo de proteção contra o não pagamento da dívida pública. Segundo ele, "quem tem medo do não cumprimento de pagamentos, faz um seguro". Na última terça-feira, o CDS do Brasil recuou a 42 pontos base no prazo de um ano, ante o custo de 49 pontos base para proteção da dívida dos EUA em um prazo equivalente. Mantega disse que o governo está "muito feliz" com essa classificação sobre o custo para garantir proteção contra eventual calote da dívida brasileira.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Declaração de Amizade - Por Sonia


Normalmente fazemos declaração de IR, declaração disso, daquilo e pouca vezes fazemos de amizade.
Obrigado Sonia pelas palavras.

Para cada pessoa neste mundo ele traz um recado.

Algo que você nem sabia mas profundamente sentia.
Não é só por ser divertido mas por estar totalmente interessado.
Afinal, quem é Givaldo?
É um anjo vestido de homem que na simplicidade espalha alegria
Aquele que carrega a esperança de que você algum dia
Perceba que o seu maior presente é a própria vida.
                                                 Sonia Regina de Souza

Sensações de outono

Por Kátia Cilene

Estação do ano onde as plantas e o seres humanos se renovam.

O cheiro de naftalina invade nossa alma quando os casaco são retirados do guarda-roupa.

Doenças infectocontagiosas se espalham pelo ar, contaminando crianças e idosos pouco a pouco

Árvores peladas desenham um caminho de folhas secas pelo chão,

Uma sensação inexplicável toma conta de mim....atchim!