quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Brasil tem superávit primário recorde de R$30 bi em janeiro

O superávit primário se refere às contas do governo. Toda vez que ele acontece significa que a arrecadação do governo foi superior a seus gastos. Mas há um detalhe: no cálculo não são levados em consideração os juros e a correção monetária da dívida pública, deixados de lado porque não fazem parte da natureza operacional do governo - são conseqüências financeiras de ações anteriores. O resultado primário, seja ele superávit ou déficit, é um indicador de como o governo está administrando suas contas

Foto-ilustração de moedas de real tirada no Rio de Janeiro. O Brasil fechou janeiro com superávit primário recorde de 30,251 bilhões de reais, alimentado pela forte arrecadação no período, mas as preocupações sobre a performance fiscal no ano ainda persistem diante a lenta retomada do crescimento econômico. 15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos
O Brasil fechou janeiro com superávit primário recorde de 30,251 bilhões de reais, alimentado pela forte arrecadação no período, mas as preocupações sobre a performance fiscal no ano ainda persistem diante a lenta retomada do crescimento econômico.

Segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira, o resultado no primeiro mês do ano veio da economia fiscal de 26,088 bilhões de reais do governo central --governo federal, BC e Previdência Social--, diante da arrecadação também recorde vista no período, de 116 bilhões de reais.

Já a economia feita por Estados e municípios --que junto com o governo central e empresas estatais formam o setor público consolidado-- foi de 4,212 bilhões de reais no mês passado, enquanto as estatais registraram déficit primário de 49 milhões de reais.

O superávit cobriu com folga a despesa com juros no mês, de 22,649 bilhões de reais. Com isso, o setor público consolidado registrou superávit nominal --despesa menos receita, incluindo pagamento de juros-- de 7,602 bilhões de reais no mês passado.

Com a performance do mês passado --que ficou acima da mediana das expectativas de analistas consultados pela Reuters, de 22,8 bilhões de reais--, o governo já conseguiu cumprir 19,4 por cento da meta cheia de primário deste ano, estipulada em 155,9 bilhões de reais.

Para o professor da PUC de São Paulo e especialista em contas públicas, Waldemir Quadros, este ano será difícil para o governo cumprir a meta cheia de primário diante da dificuldade da economia em deslanchar, pois se de um lado há pressão para reduzir impostos, por outro a arrecadação depende do crescimento.

"Não dá para prever um ano muito auspicioso", disse ele.

O próprio governo já indicou que o objetivo cheio de primário não será alcançado em 2013, e informou que o desconto neste ano pode chegar a 65 bilhões de reais.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Por que a inflação é ruim?

Se você perguntar a um economista por que a inflação é prejudicial a uma economia, ele provavelmente responderá algo como esse indicador revela um desequilíbrio na atividade, causando instabilidade. É como se a inflação fosse um termômetro que indica alguma anormalidade na economia.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Antônio Evaldo Comune, explica que um dos principais problemas trazidos pela inflação é a perda da noção de relatividade dos preços; ou seja, a perda pelo consumidor de sua base de comparação. Se há uma alta generalizada dos preços de bens e serviços, a população perde seu poder de compra e isso desestimula os negócios e os investimentos. "A inflação dificulta o planejamento econômico".

O dragão inflacionário está de volta?!



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira(26/02/13) que o controle da inflação é uma prioridade para o governo e que a meta de inflação deste ano será cumprida.
Mantega também adiantou que o governo central -formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social-- fechou janeiro com superávit primário de 26,1 bilhões de reais.
Hoje, Mantega participa de evento em Nova York sobre infraestrutura.
O ministro afirmou  que a inflação no Brasil está sob controle e que deve desacelerar este ano em relação ao ano passado, mas ficando ainda acima do centro da meta oficial.
Ele afirmou que a inflação deve encerrar 2013 em torno de 5,5%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para mais ou para menos.