A conjuntura econômica externa, que se apresentou de forma mais positiva neste início de ano, levou o Goldman Sachs a revisar as projeções de crescimento econômico no Brasil. A equipe de análise do banco elevou a expectativa de crescimento do PIB brasileiro para 2012, de 2,8% para 3,5% ao ano.
Crescimento pode chegar a 4%
A economia doméstica continua sustentando o crescimento do País, enquanto ainda é esperado que a política macroeconômica continue estimulando o crescimento. Em complemento, os bancos continuarão estimulando o crédito, levando a um crescimento de 19% em 2012.
A economia doméstica continua sustentando o crescimento do País, enquanto ainda é esperado que a política macroeconômica continue estimulando o crescimento. Em complemento, os bancos continuarão estimulando o crédito, levando a um crescimento de 19% em 2012.
"Em conjunto ao mercado de trabalho aquecido e ao incremento dos salários, esses fatores serão os combustíveis para consolidar a demanda doméstica", afirma Leme. Entretanto, o analista estima que, caso o cenário continue estável e as políticas governamentais estimulem a demanda, o crescimento do PIB possa ser de 4% em 2012, enquanto o ambiente de risco para a alta de 3,5% no ano aconteceria em caso de uma piora na crise financeira da Europa e redução do crescimento global.
Inflação mais baixa?
Os dados de inflação sugerem uma tendência de declínio nos índices em 2012, com uma alta em janeiro por fatores sazonais, e uma volta para índices mais baixos no outro mês. Em meio a essas condições, o Copom (Comitê de Política Monetária) terá argumentos para realizar cortes na taxa de juros consistentes com a política inflacionária, afirma Leme.
Os dados de inflação sugerem uma tendência de declínio nos índices em 2012, com uma alta em janeiro por fatores sazonais, e uma volta para índices mais baixos no outro mês. Em meio a essas condições, o Copom (Comitê de Política Monetária) terá argumentos para realizar cortes na taxa de juros consistentes com a política inflacionária, afirma Leme.
O analista projeta a Selic em 9% para junho de 2012, com três cortes adicionais na taxa básica de juro nas próximas três reuniões do Copom. Essa revisão ocorreria pois o Comitê acredita que o cenário externo continua desinflacionário para o Brasil, além das políticas monetárias das economias desenvolvidas serem apontadas como uma oportunidade única para o País reduzir a taxa de juro.
De acordo com o economista-chefe da Gradual, André Perfeito, a desconfiança com a volta da inflação alta tem evitado que a queda nos juros de vencimento mais longo seja significativa. Apesar dos fundamentos terem melhorado, o mercado não vê como crível juros em um dígito por muito tempo no Brasil.
"Acreditamos que haja espaço sim para a queda responsável dos juros, o que garantirá ganhos permanentes para a economia brasileira no médio prazo, entre outros canais, via um câmbio menos apreciado", afirma o economista.
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