quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dólar apresenta cotação disparada e pode atingir o máximo de R$ 2 ainda hoje

por Cristina Ribeiro de Carvalho


www.ultimoinstante.com.br

O dólar comercial segue com sua cotação disparada, ultrapassando o patamar de R$ 1,83, sinalizando que a valorização tende a se acentuar no decorrer dos próximos dias ou horas. Há pouco, no interbancário, a divisa era cotada a R$ 1,840 na compra e R$ 1,842 na venda, alta de 2,86%.
No mercado futuro, o contrato para outubro negociado na BM&F operava em baixa de 2,37% a R$ 1,834.
Segundo o operador de câmbio do Banco Intercap, Alexandre Carqueijo, o agravamento do problema financeiros da Grécia está gerando grande valorização ao dólar que está galgando patamares aceleradamente.
"Esse cenário para a divisa reflete totalmente o quadro externo. Há notícias de que a Áustria não tem interesse em contribuir para amenizar o problema fiscal grego", explica.
Em um dia de alta tão acentuada, Carqueijo afirma que a previsão dos analistas é de que a moeda atinja a marca de R$ 2,00. "Acreditamos que isso possa acontecer, só não sabemos se hoje, amanhã ou no decorrer dos dias. Tudo vai depender das notícias a serem divulgadas sobre o cenário externo", aponta.
Para Carqueijo, o dólar muito forte tem dois viés. Por um lado é bom para os exportadores que conseguem um preço mais competitivo, mas por outro acentua a inflação no país.
Na agenda norte-americana, a venda de imóveis usados subiu 7,7% em agosto, somando 5,03 milhões de unidades, contra 4,67 milhões registradas no mês anterior (dado revisado), informou hoje a National Association of Realtors (NAR).
O resultado foi superior às expectativas do mercado, de 4,76 milhões unidades (Forex Fectory). Segundo relatório, na comparação com o mesmo mês de 2010, a venda de imóveis ficou 18,6% maior.
Ainda está previsto o anúncio da taxa de juros dos EUA pelo Federal Reserve.
No Velho Continente, sem indicadores econômicos relevantes nesta jornada, o Banco Central da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês) informou em ata que pode comprar títulos para reforçar a recuperação do país.
Segundo o banco, as condições econômicas vistas no último mês seriam suficientes para a continuidade da medida.
Já o economista-chefe do BOE, Spencer Dale, afirmou que a inflação no Reino Unido deve ficar acima dos 5% antes de recuar em 2012.



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