quinta-feira, 29 de abril de 2010

PORQUE AS PESSOAS SE ENDIVIDAM?


Porque as pessoas se endividam? Porque joga contra a si mesmo? Adquirindo dívidas, e conseqüentemente comprometendo sua tranqüilidade e o bem estar, seria um auto-boicote?

Segundo o Banco Central (BC) o nível de endividamento das famílias brasileiras já compromete 34,8% da sua renda anual (dados de 2009), de acordo com cálculos divulgados pelo Banco Central no Relatório Trimestral de Inflação. Há dois anos, segundo o BC, o valor dos empréstimos contraídos correspondia a 26,7% da renda das famílias.
Os vilões são os empréstimos consignados, financiamentos, cartões de crédito, cheque especial, as facilidades na hora da compra e outras tantas tentações?

Porque as pessoas não conseguem se livrar do vício do consumo?
Para entender essas questões recorro a psicologia e psicanálise. Poderia muito bem seguir a corrente de pensamentos dos economistas e financeiros que dissemina técnicas e ferramentas para o controle financeiro pessoal e não aborda a parte comportamental das pessoas.



Segundo a psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira, nossas emoções surgiram a milhares de anos antes da nossa razão, as emoções têm raízes nos instintos, portanto operam de forma ‘meio’ animal. Visando muito mais à nossa sobrevivência imediata do que o nosso aprimoramento.

A Culpa é da mídia?
O mais comum é culpar o grande apelo de consumo da mídia, a facilidade de credito ou talvez os mercenários que fazem tudo para aplicar juros abusivos. Não inocento os protagonistas citados. Mas, acredito que a mídia é o reflexo da sociedade, ou seja, a mídia transmite o que gera audiência. Os bancos oferecem créditos a juros abusivos por que tem pessoas interessadas e assim por diante.


De acordo com o estudo da psicanálise, as pessoas vivem a base de ilusões. ilusões são respostas rápidas e falsas. Acreditamos nelas porque gostaríamos muito que fosse possível encontrar satisfação, as vitimas adorariam que aquela situação fosse real que fica míope. Exemplo: a moça quer tanto perder aquela celulite que compra mesmo pela internet (sem ninguém iludir) o creme miraculoso que promete acabar o problema em duas semanas.

Precisamos de dinheiro para sobreviver, porém, não viver apenas pelo dinheiro.

Afinal, por que nós nos preocupamos em ter dinheiro, que e si, não vale nada ninguém se alimenta de notas ou moedas), ninguém constrói casas com folhas de cheques etc. O dinheiro representa um meio para satisfazer nossas necessidades e desejos.

PERFIS DE CONSUMIDOR

I - Consumidor Compulsivo
• Compra itens que não necessita.
• É fortemente atraído por palavras como: LIQUIDAÇÃO e PROMOÇÃO.
• Gasta mais do que pode.

II -Consumidor Moderado
• Consome de forma racional e equilibrada.
• Planeja a compra e pesquisa preços.
III - Consumidor Pão Duro
• Sente mais prazer economizando do que consumindo.
• Prefere privar-se de adquirir itens que lhe tragam mais conforto ao seu dia a dia para não gastar.

Necessidades x Desejos
Necessidades: referem-se a aspectos básicos da condição humana: alimentar-se, vestir-se, ter um lugar para morar, sexo etc. Quando essas necessidades não são atendidas, o indivíduo vive numa condição subumana e deve lutar, com todas as forças, para que essas demandas sejam atendidas. A determinação das “necessidades” evoluiu com o passar dos séculos da civilização. Podem ser consideradas como “necessidades” do mundo moderno o uso do telefone, da luz elétrica, assim como o usufruto da educação de qualidade e do emprego. Essas necessidades não existiam nas sociedades primitivas, ou mesmo rurais, dos séculos passados.

Desejos: são manifestações de nossas vontades. Não são necessidades. Posso mudar meus desejos e postergá-los. Mas não posso postergar a fome, a sensação de frio e as doenças. Assim, tenho o livre-arbítrio em relação aos meus desejos, mas não tenho em relação às minhas necessidades. Os desejos nada mais são do que o modo como a sociedade nos mostrou para atendermos às nossas necessidades.

No link abaixo, um vídeo da psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira:

http://www.youtube.com/watch?v=cxKyee56v8Y

Entrevista para Revista Você S.A

CARTÃO DE CRÉDITO: A SEU FAVOR


Por Fabiana Morais*

Você já parou para pensar sobre as facilidades que são apresentadas pelo uso
do Crédito atualmente? Casas, carros, aparelhos, problemas financeiros tudo parece ter ficado fácil com a oferta demasiada do Crédito em nosso cotidiano.

A própria palavra Crédito nos transmite uma sensação de aceitação e bem estar por vir a nossa mente a idéia de que acreditam em nós.
E uma dessas formas mágicas de felicidade é o velho e bom: Cartão de Crédito. Um pedacinho de plástico colorido que funciona como uma varinha de condão, certo? Errado. Por quê?

Não pensamos como esse recurso pode nos trazer mais tristezas do que felicidade, pois se não soubermos usá-lo teremos uma “Bola de Neve” a nossa frente.

O Cartão é o meio magnético eletrônico que tem por trás um valor disponível (LIMITE) para podermos adquirir um bem no presente e pagarmos num determinado prazo futuro. E é nesse aspecto que mora o “perigo” quando chega a data de pagamento do uso do valor disponível devemos nos atentar a alguns itens que não aparecem no momento que adquirimos o cartão ou na hora da compra:

1° Se parcelarmos a compra temos de estar cientes que poderá estar embutido juros no valor pelo financiamento que foi feito .Por isso, no momento da compra temos de ter certeza que o parcelamento é isento de juros.

2° Devemos ter um controle sobre os gastos no cartão porque no pagamento da fatura podemos não dispor do valor total e se optarmos pelo chamado Pagamento Mínimo , na fatura seguinte incidirão encargos e juros sobre o valor deixado para pagamento posterior .

Veja o estilo das propagandas dos cartões de crédito:
www.youtube.com/watch?v=063i9MKTlUY&feature=related


* Aluna do curso: Pós-Graduação em Tecnologias na Aprendizagem – Senac São Paulo

DE OLHO NA FATURA DO CARTÃO DE CRÉDITO



Pequenos cuidados na hora das compras com cartão de crédito e na própria relação com as operadoras dos cartões podem melhorar os custos do uso do chamado dinheiro de plástico.
Por Reinaldo Domingos *

Anuidade - A maioria dos usuários de cartões paga as anuidades sem questionar valores. Perdem, assim, uma boa oportunidade de reduzir os custos pelo uso do dinheiro de plástico. O choro por descontos normalmente é bem sucedido.Às vezes, chega-se à isenção total, mas a média da concessão é de dois terços do valor. O usuário deve procurar a operadora e argumentar que considera as taxas abusivas. No caso daqueles que parcelaram seus débitos ou conseguem pagar apenas a parcela mínima há um argumento maior: os altos custos dos juros aplicados sobre o financiamento do débito. Em tempos de inadimplência alta, quem paga as parcelas em dia tem também um bom respaldo para negociar o fim da anuidade.

Parcela mínima e juros - Não é à toa que a possibilidade de se pagar apenas a parcela mínima vem com um certo destaque nas faturas dos cartões. É bom para as operadoras que o cliente prorrogue parte do pagamento. Elas passam a ter ganhos
com os juros aplicados sobre o saldo restante, entre 10% e 14,5%. A primeira dica é evitar entrar na roda da parcela mínima, exatamente para fugir dos juros que podem dobrar o débito original em poucos meses. Para quem já fez essa opção, uma saída é negociar os juros. Nesse caso, o usuário terá que encerrar o limite de crédito e pedir desconto sobre as taxas para parcelar o débito. O argumento são os próprios juros já pagos pelas parcelas anteriores do financiamento.

Compras parceladas - Pequenas parcelas em 10, 12 vezes são sedutoras aos olhos, mas podem virar armadilha para o bolso. Antes de embarcar nas compras parceladas, o ideal é pesquisar o preço do produto em outros locais e com outras condições de pagamento. Os juros aplicados sobre as parcelas longas podem até triplicar o preço do produto. Além da pesquisa, é recomendável fazer um planejamento de gastos anuais, um orçamento que identifique possibilidade de compras para se ter controle financeiro dos gastos.

Controle - As faturas detalham as compras, identifica os locais, além dos valores individuais, mas não é exagero fazer um controle próprio. Por isso, os usuários devem ter seu bloquinho de anotação com todos os gastos e depois conferir com a fatura. É raro, mas pode acontecer duplicidade de débito, por exemplo.

Saques - Os cartões oferecem, mas o usuário deve evitar recorrer a eles para fazer saques em dinheiro. Se a pessoa estiver sem dinheiro e precisar se capitalizar, a melhor saída é procurar um banco, não usar esse serviço do cartão. Num banco ele vai pagar em torno de 2,5% ao mês de juros. A taxa do cartão é de cerca de 6% ao mês.

Seguros - Quando perde o cartão ou é roubado, o usuário normalmente faz boletim de ocorrência e procura imediatamente a operadora para fazer o cancelamento. Isso dispensa o pagamento de seguros que protegem os dois casos, em torno de 3 reais atualmente. O custo com esse seguro, portanto, não deve ser aceito. Com o respaldo do B.O, dificilmente o usuário terá problemas, caso seu cartão seja usado por terceiros. O importante é que se tenha uma relação com telefones da operadora e o número do cartão para facilitar o cancelamento imediato.

Comprar seguro de vida das operadoras de cartão de crédito também não é recomendável pelo fato de essa não ser a atividade fim delas. Há casos de contratos com cláusulas restritivas que dificultam o resgate.
Não esqueça de verificar se o total da compra está correto e se algum crédito que você tenha a receber em sua conta foi lançado durante o cálculo total do valor devido
Fonte: http://vocesa.abril.com.br/organize-suas-financas/materia/olho-fatura-cartao-credito-486831.shtml

* Diretor da consultoria Financeiro24horas

CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER AO RECEBER A FATURA DO SEU CARTÃO DE CRÉDITO

Algumas dicas:
I - Verifique se o pagamento que você fez no mês anterior foi recebido e corretamente indicado no extrato.
II - Analise as compras detalhadas na fatura e veja se os valores de seus recibos estão corretos.
III- No caso de pagamento rotativo observe o pagamento mínimo e verifique qual é a sua taxa de juros e como ela foi calculada.
IV -Não deixe de ver se o total da compra está correto e se todos os créditos que você tem em sua conta foram considerados no cálculo total do valor devido.
V - Analise a ilustração abaixo, para ter um melhor entendimento sobre todos os campos indicados em seu extrato de cartão de crédito.
Fonte: http://www.financaspraticas.com.br/323510-Como-ler-uma-fatura-de-cartao-de-credito.note.aspx

MODELO DE ORÇAMENTO PESSOAL


Fonte: elaboração dos autores



Sobre Givaldo Fontes Cruz




Givaldo Fontes Cruz
Administrador de Empresas, formado pela Faculdade de Informática e Administração Paulista - FIAP (2004).
Possuo MBA em Economia de Empresas pela USP/FEA (2012); pós-graduado em Economia pela PUC-SP(2008) e Pós-graduado em Gestão Estratégica de Negócios (2006).
Fui aluno especial no programa de mestrado de Filosofia Política na Universidade São Judas Tadeu - USJT, cursei as disciplinas Filosofia Política I e II (2009).
Atuação de mais de 10 anos na área de educação profissional (SEBRAE-SP e SENAC-SP), nas áreas de mercado, desenvolvimento de produtos, soluções em gestão para micros e pequenas empresas e gerenciamento de projetos. Participei como professor (voluntário) na EDUCAFRO ministrando aulas de cidadania.
Em 2008, lecionou na Faculdade Eniac, as disciplinas de Plano de Negócio e Filosofia.
Atualmente, sou professor na FASUP (Faculdade Sudoeste Paulista), leciono as disciplinas: Orçamento Empresarial e Administração Financeira.

Gosto de falar sobre Economia, Política e Sociedade. Sou fascinado por temas de cunho social e debates filosóficos.
e-mail: givaldofontes@gmail.com