quinta-feira, 29 de abril de 2010

DE OLHO NA FATURA DO CARTÃO DE CRÉDITO



Pequenos cuidados na hora das compras com cartão de crédito e na própria relação com as operadoras dos cartões podem melhorar os custos do uso do chamado dinheiro de plástico.
Por Reinaldo Domingos *

Anuidade - A maioria dos usuários de cartões paga as anuidades sem questionar valores. Perdem, assim, uma boa oportunidade de reduzir os custos pelo uso do dinheiro de plástico. O choro por descontos normalmente é bem sucedido.Às vezes, chega-se à isenção total, mas a média da concessão é de dois terços do valor. O usuário deve procurar a operadora e argumentar que considera as taxas abusivas. No caso daqueles que parcelaram seus débitos ou conseguem pagar apenas a parcela mínima há um argumento maior: os altos custos dos juros aplicados sobre o financiamento do débito. Em tempos de inadimplência alta, quem paga as parcelas em dia tem também um bom respaldo para negociar o fim da anuidade.

Parcela mínima e juros - Não é à toa que a possibilidade de se pagar apenas a parcela mínima vem com um certo destaque nas faturas dos cartões. É bom para as operadoras que o cliente prorrogue parte do pagamento. Elas passam a ter ganhos
com os juros aplicados sobre o saldo restante, entre 10% e 14,5%. A primeira dica é evitar entrar na roda da parcela mínima, exatamente para fugir dos juros que podem dobrar o débito original em poucos meses. Para quem já fez essa opção, uma saída é negociar os juros. Nesse caso, o usuário terá que encerrar o limite de crédito e pedir desconto sobre as taxas para parcelar o débito. O argumento são os próprios juros já pagos pelas parcelas anteriores do financiamento.

Compras parceladas - Pequenas parcelas em 10, 12 vezes são sedutoras aos olhos, mas podem virar armadilha para o bolso. Antes de embarcar nas compras parceladas, o ideal é pesquisar o preço do produto em outros locais e com outras condições de pagamento. Os juros aplicados sobre as parcelas longas podem até triplicar o preço do produto. Além da pesquisa, é recomendável fazer um planejamento de gastos anuais, um orçamento que identifique possibilidade de compras para se ter controle financeiro dos gastos.

Controle - As faturas detalham as compras, identifica os locais, além dos valores individuais, mas não é exagero fazer um controle próprio. Por isso, os usuários devem ter seu bloquinho de anotação com todos os gastos e depois conferir com a fatura. É raro, mas pode acontecer duplicidade de débito, por exemplo.

Saques - Os cartões oferecem, mas o usuário deve evitar recorrer a eles para fazer saques em dinheiro. Se a pessoa estiver sem dinheiro e precisar se capitalizar, a melhor saída é procurar um banco, não usar esse serviço do cartão. Num banco ele vai pagar em torno de 2,5% ao mês de juros. A taxa do cartão é de cerca de 6% ao mês.

Seguros - Quando perde o cartão ou é roubado, o usuário normalmente faz boletim de ocorrência e procura imediatamente a operadora para fazer o cancelamento. Isso dispensa o pagamento de seguros que protegem os dois casos, em torno de 3 reais atualmente. O custo com esse seguro, portanto, não deve ser aceito. Com o respaldo do B.O, dificilmente o usuário terá problemas, caso seu cartão seja usado por terceiros. O importante é que se tenha uma relação com telefones da operadora e o número do cartão para facilitar o cancelamento imediato.

Comprar seguro de vida das operadoras de cartão de crédito também não é recomendável pelo fato de essa não ser a atividade fim delas. Há casos de contratos com cláusulas restritivas que dificultam o resgate.
Não esqueça de verificar se o total da compra está correto e se algum crédito que você tenha a receber em sua conta foi lançado durante o cálculo total do valor devido
Fonte: http://vocesa.abril.com.br/organize-suas-financas/materia/olho-fatura-cartao-credito-486831.shtml

* Diretor da consultoria Financeiro24horas

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