terça-feira, 31 de maio de 2011

Câmbio, juros, tributos e a difícil arte de domar o dragão


O início de 2011 trouxe um grande e complexo desafio para o Banco Central brasileiro: desenvolver uma política econômica sofisticada, capaz de manter o ritmo de crescimento do país e diminuir os impactos da atual escalada mundial de preços, principalmente, dos alimentos. Segundo informe do Banco Central, o comportamento dos preços das commodities no exterior deslocou a inflação brasileira em 2,5% nos últimos meses, afastando-a do centro da meta.
Além disso, fatores internos também colaboraram para esse aumento inflacionário, como a redução do desemprego e a elevação do nível de renda, o que pressionou o custo de serviços como transportes, energia elétrica, TV por assinatura e internet, já que a demanda aumentou bem mais que a oferta. Mas segundo a professora de economia da USP Leda Maria Paulani, “essa pressão que existe é muito mais importada do que algo que tenha a ver com a economia interna. Há um aumento de preços das commodities que acaba tendo um grande impacto no Brasil”.
Seja qual for a parcela da contribuição externa, segue o desafio: conter a inflação. Nessa situação, as políticas ortodoxas recomendam uma elevação nas taxas de juros, para conter o consumo e tentar o equilíbrio entre oferta e procura, para estabilizar os preços. Mas isso contribui para uma valorização excessiva do real, já que os juros altos atraem a entrada de dólar para investimento no mercado financeiro e a oferta abundante da moeda estrangeira derruba sua cotação frente ao real. Esse quadro é bastante preocupante para o exportador brasileiro, num momento em que o dólar já está desvalorizado em todo o mundo, pois o preço das mercadorias de exportação se torna mais caro e menos competitivo na conversão de um real forte para a moeda mais usada nas transações internacionais: o dólar, que por sua vez, está cada vez mais fraco.
Para manter os juros altos e ao mesmo tempo moderar a valorização da taxa de câmbio, a saída para o Banco Central é a compra de dólares. Nos últimos anos, o acúmulo de reservas em moeda estrangeira pelos sucessivos balanços positivos na diferença entre entrada e saída de dólares – tanto nas transações comerciais quanto no capital especulativo que passa pelo sistema financeiro – foi um dos grandes trunfos da política econômica e esteve na base da excepcional resistência do Brasil perante as crises internacionais. No entanto, quanto mais altos os juros, mais custam as reservas, já que o Banco Central tem que recorrer mais vezes à compra de dólares para conter sua desvalorização.
O economista e estrategista de investimento Ricardo Amorim explica que essa política de reservas funciona como um seguro e que foi muito eficaz contra a crise de 2008, que teve consequências seríssimas em todo o mundo, mas impactos bem menores no Brasil. Paulani, da USP, concorda: “Essa política nos traz certo conforto, uma certa tranquilidade em relação a momentos como os de crise externa, em que alguns outros países com menos reservas ficaram mais vulneráveis”.
No entanto, Amorim afirma que “o custo do acúmulo de reservas é muito alto. Só no ano passado, foram gastos praticamente R$ 50 bilhões, ou seja, uma despesa maior do que com, por exemplo, infraestrutura”. Ele explica, ainda, que seria mais eficaz investir em outras áreas e tornar a economia brasileira mais competitiva do que continuar pagando por essa política de seguro.
Uma outra solução que o Banco Central encontrou para conter o consumo e frear a inflação foi combinar a elevação da taxa de juros com medidas que atuem de forma mais direta sobre o crédito, como, por exemplo, a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para 3% ao ano. Essa é uma iniciativa regulatória, ou seja, que pode ser modificada a partir da normalização da oferta de crédito.
Essas medidas contribuem para a segurança do sistema financeiro, a moderação da atividade econômica e a queda da inflação. E têm a vantagem de que não reforçam os efeitos indesejáveis dos juros altos sobre a taxa de câmbio e as contas públicas. No entanto, o governo tem recebido críticas de que deveria ter sido mais agressivo nesse processo. Ricardo Amorim, ao contrário de empresários como o falecido ex-presidente José Alencar e o atual senador Armando Monteiro Neto, defende que o Banco Central deveria ter elevado os juros de forma mais rápida e forte, mas acrescenta que o governo deveria controlar os gastos para ter um instrumento de resposta.
O controle de gastos é uma importante ferramenta para contrabalançar os efeitos negativos de uma crise externa. Foi o que ocorreu em 2008: quando a crise chegou ao Brasil, o governo pôde aumentar os gastos, injetando mais dinheiro na economia, o que minimizou os efeitos da crise. Só que, desde então, os gastos públicos só têm aumentado e se houver uma nova crise internacional, não haverá condições de responder de forma tão agressiva e forte. Para evitar que a economia brasileira sofra grandes impactos em uma próxima eventual crise, é necessário que o governo diminua agora os gastos e, no momento em que for necessário, os aumente, tendo assim um espaço de manobra no caso de um cenário externo desfavorável.
O governo anunciou em fevereiro que está praticando uma política econômica contracíclica e que pode ajudar a reduzir significativamente o excesso de demanda com os cortes no orçamento. A promessa do governo é de cortar pelo menos R$ 50 bilhões no orçamento de 2011. Esse corte de gastos resulta inevitavelmente numa moderação do crescimento da economia brasileira e redução da inflação. E, nesse cenário, a estimativa do Banco Central para o PIB é a de que, após alta de 7,5% em 2010 – a maior desde 1986 –, deverá crescer apenas 4% em 2011.
Ricardo Amorim faz previsões pouco otimistas para a economia brasileira e diz que, devido a uma piora na crise europeia, o Brasil terá dificuldades para crescer. Primeiro, porque haverá uma restrição de crédito externo para o país, e com menos crédito para os bancos, isso acaba sendo repassado para as empresas e para o consumidor, o que resulta numa redução do consumo, fazendo com que a atividade econômica fique mais fraca. O segundo aspecto é que o Brasil terá dificuldades para exportar, porque a crise externa fará os consumidores internacionais gastarem menos. Mas isso é algo que, por enquanto, o planeta China e sua voracidade de consumo não deixará acontecer. O problema é a produção mundial não acompanhar o crescimento da demanda chinesa. Resultado: fica difícil controlar esse dragão!

fonte: www.ricamconsultoria.com.br

A hora é vez das micro e pequenas empresas


Nos últimos 12 meses, dois milhões de empregos foram criados pelas micro e pequenas empresas no Brasil

Por Ricardo Amorim

Com uma carga tributária de dar inveja a governos socialistas, uma burocracia capaz de tirar do sério monges tibetanos e taxas de juros que assustariam até o Mike Tyson, o Brasil tem um longo histórico de repressão aos empreendedores.
Não que nós brasileiros tenhamos algum defeito de fabricação que nos impeça de empreender. Pelo contrário. O jeitinho brasileiro nada mais é do que uma mutação de empreendedorismo que não teve como aflorar.
Com a legislação e a economia jogando contra, só um louco para abrir uma empresa no Brasil. Ainda na primeira metade desta década, quando o mar econômico já estava bem menos revolto que no período hiperinfl acionário, metade das empresas montadas no País morria antes de completar seu segundo ano de vida.
Enquanto isso, nos EUA, quem quisesse montar uma empresa encontrava legislação favorável, crédito farto e uma cultura que, ao contrário da brasileira, valoriza as tentativas, mesmo as malsucedidas. Não por acaso, os EUA se tornaram a meca do empreendedorismo.
Gradualmente, tudo começou a mudar. Na virada do milênio, estourou a bolha da Nasdaq, destruindo o sonho de milhares de empresas que queriam se tornar a próxima Microso . Com elas foram embora milhares de chineses e indianos, que chegaram a ser 40% dos funcionários das empresas pontocom do Vale do Silício, na Califórnia. Sem empregos e oportunidades, eles fi zeram as malas e foram empreender em seus países.
Em 2008, a explosão da bolha imobiliária e a consequente crise financeira complicaram mais a vida dos que tentavam montar um negócio nos EUA. De lá para cá, estima-se que a mortalidade das empresas americanas em seu primeiro ano de vida, tradicionalmente próxima a 15%, dobrou.
Enquanto isso, nosso manco capitalismo tupiniquim começou a funcionar aos trancos e barrancos, alimentado pela fome asiática por nossas matérias-primas e, nos últimos anos, depois que os bancos centrais dos países ricos inundaram o mundo de dinheiro, por uma ampla disponibilidade de capitais.
Com maior penetração nos principais focos recentes de crescimento brasileiro, nossas micro e pequenas empresas (MPEs) começaram a florescer. Nos últimos 12 meses, quase 80% dos 2,5 milhões de empregos criados no Brasil vieram delas. São principalmente elas que atendem os 55 milhões de brasileiros que emergiram das classes D e E nos últimos cinco anos. MPEs têm maior presença no interior, que, na carona do agronegócio, vem crescendo mais do que as capitais.
As MPEs concentram-se nos setores de varejo e serviços, que têm liderado nosso crescimento.
Até o crédito, antes desconhecido pelas MPEs, começou a dar as caras.
Como consequência, a mortalidade de nossas empresas nos seus dois primeiros anos despencou para 22% e é hoje inferior à das dos EUA.
Tudo isto sem que nossas mazelas estruturais fossem resolvidas. Isto me faz pensar no que aconteceria se o governo parasse de atrapalhar: acabasse com a burocracia para abertura e fechamento de empresas, reduzisse impostos e cortasse gastos, permitindo que os juros caíssem. Até você iria se tornar um empresário, não iria?

4 brasileiros tem maior rentabilidade entre maiores bancos da AL e EUA

Banco do Brasil tem o melhor desempenho e Bradesco é o segundo colocado



Quatro dos 19 bancos de capital aberto com ativos totais superiores a US$ 100 bilhões na América Latina e Estados Unidos são brasileiros: Banco do Brasil, ItauUnibanco, Bradesco e Santander. A Economatica analisou a rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) nos 12 meses fechados, até março de 2011, e verificou que as três primeiras colocações são de bancos brasileiros.

O Banco do Brasil maior banco de capital aberto por ativos da América Latina é o único estatal da lista é o que tem o melhor ROE, com 26,46%, Isso significa que para cada US$ 100,00 de patrimônio do banco, ele gera US$ 26,46 a cada ano.
O segundo melhor colocado é o Bradesco, que é o terceiro maior banco de capital aberto por ativos da América Latina e EUA. O ROE do Bradesco de 12 meses é de 22,33%, que o coloca como o melhor desempenho da amostra entre bancos não estatais.
Na terceira colocação esté o segundo maior banco da América Latina e USA por ativos: o ItauUnibanco, com ROE de 20,57%. O Banco Santander Brasil fica com a nona melhor colocação, com ROE de 10,57%.
Na lista dois bancos têm ROE negativo, o que significa que não acumulam prejuízo nos 12 meses fechados até março deste ano, estão o Bank Of América e o Regions Financial Corp.

fonte: http://brasil.americaeconomia.com/notas/4-bancos-brasileiros-tem-maior-rentabilidade-entre-maiores-da-al-e-eua

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O grande problema do Brasil e do mundo é a má distribuição


Por Ladislau Dowbor,
 
“A crise é também perversa. A humanidade produz amplamente o suficiente para a sobrevivência digna de todos os habitantes do planeta. O próprio Brasil, com uma renda per capita da ordem de 6 mil reais, poderia, houvesse um mínimo de decência nos processos redistributivos, assegurar uma vida confortável para todos os seus habitantes. Todas as imagens de televisão nos mostram famílias de sucesso, crianças consumindo produtos de luxo, quando não exibem como ridículas pessoas simples, ou simplesmente necessitadas. Não ter sucesso, emprego, dinheiro, passa a significar perder dignidade humana, direito de convívio social.” 

Os três caminhos do desenvolvimento

Roberto Campos
25/04/1999

Em seu magnífico estudo sobre criatividade tecnológica e progresso econômico, intitulado "A Alavanca das Riquezas", o professor Joel Mokyr cita três processos ou rotas diferentes de crescimento econômico: o crescimento "soloviano", o "smithiano" e o "schumpeteriano". O primeiro depende de aumentos no estoque de capital por trabalhador, o que pressupõe um esforço prévio de poupança. É o modelo convencional da teoria do desenvolvimento, à qual Robert Solow trouxe contribuições pioneiras. O segundo processo é o da expansão comercial baseado na teoria de Adam Smith de que a divisão do trabalho por meio do comércio internacional produz crescimento de produtividade pela especialização das habilidades. O surto das "trading nations" européias e asiáticas documenta a tese smithiana. O terceiro processo é o do progresso tecnológico, pelo aumento do estoque de conhecimentos, apropriadamente chamado de crescimento schumpeteriano, porque ninguém mais que Schumpeter enfatizou a função flutuante da inovação e da invenção no desenvolvimento capitalista.Esses três processos encapsulam três receitas de desenvolvimento: elevação da poupança, inserção internacional e abertura tecnológica. E as duas décadas perdidas pelo Brasil, com a estagnação econômica ao longo dos anos 80 e 90, explicam nossa extraordinária capacidade de perder oportunidades promissoras.Nosso crescimento soloviano foi prejudicado pela insuficiência crônica da poupança interna. A poupança do setor público, que ainda era positiva nos anos 70, tornou-se negativa nas duas décadas subsequentes. Hoje o governo despoupa algo equivalente a 8% do PIB. Com isso perdeu capacidade de investir. E ao sugar recursos do setor privado eleva a taxa de juros com duas consequências: pressão inflacionária e redução do investimento privado.Para escaparmos do círculo vicioso do baixo crescimento soloviano, precisamos atuar sobre as três fontes clássicas de poupança: transformar de negativa em positiva a poupança do setor público pela geração de superávits; transformar a Previdência Social num instrumento de capitalização, pela substituição total ou parcial do sistema de repartição pelo de capitalização privada, como no modelo chileno; e, num revisionismo cultural, passarmos a considerar o lucro empresarial como motor virtuoso do desenvolvimento, e não como secreção do egoísmo capitalista. "O lucro _ dizia o chanceler alemão Helmut Schmidt, numa tentativa de amainar a voracidade tributária dos seus colegas socialistas_ é o investimento de amanhã e o emprego de depois de amanhã."Altos níveis de poupança e investimentos por si só não garantem o crescimento soloviano. Basta olhar o exemplo do socialismo marxista. Foram extraídas altas taxas de poupança e investimento, mas a poupança foi devida à excessiva repressão do consumo privado (com redução do mercado). E os investimentos foram em grande parte desperdiçados pela substituição da orientação de mercado pelo dirigismo burocrático. Houve sobreinvestimento na indústria pesada e num custoso aparelho policial e militar, com subinvestimento em agricultura e serviços. O exemplo oposto é o dos Estados Unidos, que são um país de baixa poupança interna, mas eficientíssima alocação de investimentos em resposta à dinâmica do consumo. Além de o país ser um grande magneto para atração de capitais externos, em virtude de liberdade de mercado e proteção do direito de propriedade.Em matéria de crescimento smithiano, o Brasil nas décadas perdidas regrediu, ao invés de progredir. Nossas exportações já chegaram a representar 1,4% do comércio mundial e hoje não atingem 1%, e nossa "margem internacional" (representada pela soma de exportações e importações) de em torno de 15% do PIB é baixa não só pelos padrões europeus e asiáticos, mas mesmo no contexto latino-americano. A impressão de exagerada abertura comercial após os planos Collor e Real é até certo ponto uma ilusão de ótica. É que a abertura (em si modesta) coincidiu com a sobrevalorização do câmbio, que subvencionou importações, e com o uso incompetente das salvaguardas previstas na OMC contra distorções comerciais oriundas de subsídios e dumping (não soubemos aplicar tempestivamente direitos compensatórios e tarifas antidumping).Nosso desempenho em matéria de crescimento shumpeteriano tem sido também medíocre. A herança cultural não é das mais favoráveis. Portugal e Espanha, que tinham atingido excelência tecnológica na era das grandes navegações, ficaram subsequentemente à margem da grande revolução industrial a partir do século 18. Das raças latinas, os italianos preservaram capacidade inventiva, e os franceses, vigor científico, com desempenho superior ao ibérico, tornado este excessivamente conservador pela contra-reforma religiosa. Mas essa tradição cultural pouco favorável à inovação foi agravada por nossos erros comportamentais, dois dos quais se agravaram na década de 80. O primeiro foi a política de autonomia informática, que representou uma autocastração tecnológica. E o segundo, a ampliação dos monopólios estatais, que inibiram a absorção de tecnologias e capitais externos (inclusiva de tecnologia gerencial).Há também ilusões sobre o desenvolvimento tecnológico. Ele pode ser alcançado tanto pela invenção de novos métodos como pela melhor utilização do cabedal tecnológico disponível. E a criatividade tecnológica depende da existência de uma ecologia favorável: massa critica universitária, mercado mobilizável (interno e externo) e capacidade de investimento. Não se cria tecnologia por decreto. E não há como escapar à lei dos três estados: a tecnologia é primeiro imitativa, depois adaptativa e só ulteriormente criativa.Quanto mais a gente reflete sobre a teoria e prática do desenvolvimento, mais a gente se convence de que todos os conhecimentos acumulados desde que Adam Smith publicou, em 1776, sua inquirição sobre as causas da riqueza das nações são pouco mais que uma nota de rodapé. A fórmula do desenvolvimento é simples de enunciar e difícil de executar: governo pequeno (pois o motor do desenvolvimento é o setor privado); impostos baixos (pois o governo é mau alocador de recursos); respeito à propriedade física (para estimular a acumulação) e intelectual (para premiar a inventividade); e abertura internacional para o comércio, para investimentos e para a tecnologia. O resto é pirotecnia matemática (dos teóricos) e conversa fiada (dos práticos)...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Melancolias de Outono


O outono é uma estação do ano que gosto muito, pois é a época que as arvores exalam folhas.
Elas representam vida, beleza alegria e renovação...
O melhor é saber que após essa fase, os frutos iram surgir. A todo momento aspiramos coisas novas, seja uma vida melhor, um mundo menos violento, uma sociedade menos desigual.
Afinal, aspirar é viver        
                                                                                                                                  Por Givaldo Fontes
Não existe para mim estação mais transformadora do que o outono.
Assim como as arvores deixam as suas folhas secas serem levadas pelo vento frio, permite a minha alma livrar-se das magoas e angustias que envelhecem o meu ser.
Enquanto a arvore quase seca anseia pela vida dando espaço a primavera brota em mim os sentimentos mais puros.
Como um botão de rosa me preparando para  suportar suavemente todas as mudanças que nos permite esta é a unica existência.
                                                                                                                                                 Por Sonia
   
Outono estação aconchegante e elegante.
As pessoas desfilam belas com seus casacos e botas.
Momento de está mais próximos dos amigos e da família.
Inspiração para  gastronomia e reuniões com vinho e boas conversas.
Tempo de reflexão: nos tornamos mais introspectivos e podemos com mais tranquilidade analisar nossos atos.
Para os casais propicio para o romance, que estação completa!
O calor do verão no abraço de um amante, as flores da primavera em um sorriso amigo.
                                                                                                                                                 Por Jessica

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Famílias estão otimistas com economia brasileira, conclui Ipea

IEF - Índice de Expectativa das Famílias

- Cerca de 73% das famílias acreditam estar pouco endividadas ou não possuir dívidas;

- 72% sentem segurança nas ocupações.
- 78% dos responsáveis pelos domicílios se sentem seguros em sua atividade profissional.
- 50,7% das famílias brasileiras afirmaram, em abril, que o momento é propício para o consumo de bens duráveis (eletrodomésticos, móveis e veículos, entre outros), enquanto 43% avaliam que o momento não é ideal para esse tipo de gasto.
- Apesar de percepção positiva da condição financeira da família, emprego e expectativa de compras, 38% acreditam que não conseguirão saldar os compromissos

O Índice de Expectativa das Famílias (IEF), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que os brasileiros seguem otimistas em relação à situação socioeconômica do país. Essa percepção inclui a economia nacional, a condição financeira da própria família, o desempenho no emprego, o nível de endividamento e a expectativa de compras.

No entanto, o indicador de otimismo em relação ao conjunto desses aspectos caiu de 65,3 pontos em março para 63,8 pontos em abril, conforme o levantamento. O resultado de abril, apesar de mostrar otimismo, é o menor desde outubro de 2010, quando o indicador atingiu os 63,4 pontos.
De acordo com o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, a diminuição do otimismo das famílias pode ser explicada pelas ações do governo voltadas à desaceleração do crescimento da economia, como a elevação da taxa de juros e a reavaliação do Orçamento. Pochmann acrescentou que, se mantido o ritmo de queda, o indicador chegará a julho com 59,1 pontos. Isso significa uma mudança da perspectiva das famílias de otimistas para moderadas.
Metodologia:
O IEF é uma pesquisa mensal realizada em 3.810 domicílios, em 214 municípios do país, com margem de erro de 5%. Ele representa a expectativa das famílias numa escala de zero a 100 pontos. Resultados maiores que 60 pontos indicam otimismo e abaixo de 40, pessimismo. A faixa de 40 a 60 é entendida como perspectiva moderada - isto é, neutra.
Em abril, as famílias da região Centro-Oeste foram as mais otimistas sobre a situação socioeconômica do país, com 75,5 pontos, seguida pela região Sudeste, com 65,1. A pior perspectiva foi vista entre as famílias nordestinas, com 59,3 pontos, única região com pontuação abaixo da linha considerada otimista.
Entre os aspectos analisados pela IEF, o nível mais alto de otimismo das famílias foi verificado nas perspectivas de condições financeiras em relação a elas mesmas: 82,6% afirmaram esperar situação financeira melhor dentro do lar no próximo ano. O otimismo das famílias em relação a elas mesmas é ainda maior que o otimismo em relação ao país. A pesquisa mostra que 59,1% acreditam que a situação econômica do Brasil vai melhorar nos próximos 12 meses.
Consumo e dívidas
O IEF também mostra que 50,7% das famílias brasileiras afirmaram, em abril, que o momento é propício para o consumo de bens duráveis (eletrodomésticos, móveis e veículos, entre outros), enquanto 43% avaliam que o momento não é ideal para esse tipo de gasto. Segundo avaliação do Ipea, esses dados explicam, em parte, "os índices de elevação do consumo e apontam para a sustentabilidade do impulso de crescimento da economia no curto prazo."
Outro dado considerado positivo pelo Ipea é que 78% dos responsáveis pelos domicílios se sentem seguros em sua atividade profissional. Entre os demais membros da família, o otimismo diminui um pouco: 72% sentem segurança nas ocupações. Além disso, a expectativa de obter melhorias profissionais apresentou uma queda de março para abril: passou de 39% para cerca de 36%.
De acordo com o IEF, cerca de 73% das famílias acreditam estar pouco endividadas ou não possuir dívidas, enquanto mais de 92% dizem que não possuem a intenção de contrair financiamentos ou empréstimos nos próximos meses. Na avaliação do Ipea, um "indicador preocupante é que, dentre aquelas com contas atrasadas, cerca de 38% acreditam que não conseguirão saldar seus compromissos."

Fonte: http://brasil.americaeconomia.com/notas/ipea-familias-estao-otimistas-com-economia-brasileira

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Trem bala na China.


Projeto do trem bala na China. Uma inovação da nova locomotiva chinesa: descer do trem sem que ele precise parar!
Não há tempo a ser desperdiçado. O trem bala está se movendo o tempo todo. Se existem 30 estações entre Pequim e Guangzhou, parar e acelerar de novo em cada estação vai fazer perder energia e tempo. Uma parada de 5 minutos por estação (passageiros idosos são naturalmente mais lentos) resultará em uma perda total de 5 min x 30 estações, ou 2,5 horas de tempo de viagem do comboio.
Os chineses são inovadores o suficiente para chegar a um conceito de trem sem paradas. Os passageiros embarcam, na estação, em uma cabine conectora antes que o trem chegue. Quando o trem chega, ele não vai precisar parar. Ele apenas diminui a velocidade para pegar a cabine conectora que vai se acoplar ao teto do trem.
Depois dessa acoplagem, os passageiros deixam a cabine conectora e descem para o interior do trem. Após o embarque, a cabine será movida para a traseira do trem, para ser ocupada pelos passageiros que querem descer na próxima estação. Quando o trem chega na estação seguinte, ele deixará a cabine conectora na estação. Os passageiros assim desembarcam na estação sem a necessidade do trem parar. Ao mesmo tempo, o trem vai pegar os passageiros de uma outra cabine conectora, com novos passageiros.
Assim, o trem terá sempre uma cabine conectora na parte traseira do teto (para desembarque) e uma cabine conectora na parte dianteira do teto (para embarque) em cada estação.

Isso é ou não "pensar fora da caixa"? Veja o vídeo ilustrativo:





Brasil tem saldo positivo de US$ 1,5 bi em abril

Segmento comercial registrou superávit de US$ 3,3 bilhões, enquanto no financeiro houve déficit de US$ 1,8 bilhão

O fluxo cambial encerrou o mês de abril com saldo positivo de US$ 1,541 bilhão, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central (BC). Em março deste ano, o país havia recebido US$ 12,660 bilhões líquidos e, em abril do ano passado, US$ 2,248 bilhões.
O segmento comercial registrou superávit de US$ 3,310 bilhões, com exportações de US$ 18,811 bilhões e importações de US$ 15,501 bilhões. No segmento financeiro, houve déficit de US$ 1,769 bilhão, com entradas de US$ 34,902 bilhões e saídas de US$ 36,671 bilhões.
As compras de dólares pelo BC no mercado à vista elevaram as reservas em US$ 5,405 bilhões em abril, enquanto as intervenções no mercado a termo aumentaram as reservas em US$ 440 milhões. A posição dos bancos em câmbio encerrou o mês passado vendida em US$ 11,731 bilhões, ante US$ 8,830 bilhões em março. Na posição vendida, os bancos estão apostando na queda do dólar ante o real.
Em 2011, até abril, o fluxo cambial acumula saldo positivo de US$ 37,331 bilhões, ante US$ 5,038 bilhões no primeiro quadrimestre de 2010. O principal responsável por esse desempenho foi o segmento financeiro, que registrou nos quatro primeiros meses deste ano saldo positivo de US$ 29,581 bilhões, ante US$ 5,708 bilhões em igual período do ano passado. No segmento comercial, o superávit este ano é de US$ 7,552 bilhões, ante déficit de US$ 670 milhões em igual período de 2010.

As compras de dólares pelo BC no mercado à vista elevaram as reservas em US$ 5,405 bilhões em abril.

Fonte: http://brasil.americaeconomia.com/notas/bc-pais-recebeu-us-1541-bilhao-em-abril

Imposto: consumidor não sabe quanto paga em cada produto

O Impostômetro, painel da Associação Comercial de São Paulo que registra a arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais no país, atingiu ontem R$ 500 bilhões. No Brasil, há pouca transparência em relação a quanto se paga de imposto. Nos outros países, na nota, é possível saber quanto se paga em cada produto.

Temos de lembrar que nós, contribuintes, sustentamos o governo. Isso aumenta a cidadania, o comprometimento com a política. Gosto do impostômetro porque nos lembra, sempre, quanto já demos ao governo com nosso trabalho este ano.



Índice da ESPM mostra que internautas aprovam 62,3% de produtos e serviços

Reclamar de um produto ou serviço é prática comum entre os internautas brasileiros. Antes, esse manifesto poderia ficar perdido entre inúmeros comentários postados em blogs, sites de relacionamento e fóruns de discussão. Mas agora esses dados serão computados. A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) lançou nesta quarta-feira o Índice Nacional de Satisfação do Consumidor (INSC), primeiro indicador brasileiro totalmente elaborado a partir de dados levantados na internet. Com os dados do mês de abril, a primeira edição do índice geral, que reúne todas as categorias citadas a seguir, revela 62,3% de aprovação do consumidor com produtos e serviços de quatro setores da economia, formados por sete subsetores e 28 empresas.

Uma das primeiras conclusões do índice mostra que o setor de telecomunicações está entre os principais alvos de reclamações dos consumidores. Entre os internautas, apenas 45,6% fizeram comentários positivos em abril sobre as quatro maiores empresas desse segmento. O setor mais bem avaliado foi o varejista, com aprovação de 78,8%. Em seguida aparecem os segmentos de bens de consumo (73,8%) e financeiro, que inclui os bancos, com 51% de comentários favoráveis.
No varejo, o índice mostra a aprovação do consumidor com lojas de departamento (72,1%) e supermercados (82%). Dentro do segmento de bens de consumo, a indústria automobilística tem índice de satisfação de 69,8%, a categoria de bebidas registra aprovação de 79,6% e o tópico cuidados pessoais (personal care) foi bem avaliado por 83,6% dos consumidores.
Metodologia:
Para avaliar a satisfação dos consumidores, a ESPM, em conjunto com a Rapp Worldwide, coleta cerca de 60 mil comentários publicados na internet por mês. Se eles se referirem a alguma das 28 empresas que fazem parte da pesquisa, eles são divididos em "positivo" e "negativo". Para isso, foi criado um dicionário semântico com cerca de 13 mil expressões.
De acordo com o idealizador do índice, Ricardo Pomeranz, a satisfação do consumidor é resultante do alcance ou não de suas expectativas, bem como das comparações com o bem ou serviço idealizado. Ele disse que são pesquisados apenas sites brasileiros, apesar de também serem avaliadas expressões em outras línguas. "A palavra inglesa fail, por exemplo, é muito utilizada para expressar insatisfação", explicou.
fonte:
http://brasil.americaeconomia.com/notas/espm-internauta-aprova-623-de-produtos-e-servicos


terça-feira, 3 de maio de 2011

Cliente se sente lesado pelo Cartão Carrefour

Efetuei o pagamento da minha fatura de cartão Carrefour com check, no entanto, no dia seguinte, o Carrefour ligou para mim informando que o pagamento não foi efetuado porque meu check não tinha cadastro no Carrefour, e eu deveria efetuar outro pagamento em dinheiro.
O Carrefour não devolveu meu check e ainda falou se eu não pagasse a fatura em dia, eu iria pagar juros.
Me sentir coagido e efetuei outro pagamento em dinheiro
Para minha surpresa, após alguns dias, liga para mim uma pessoa do Carrefour informando que foi creditado o pagamento de R$ 2.000,00 na minha fatura e eu precisa devolver esse valor para o Carrefour.
Solicitei esse comunicado por escrito, sem sucesso. Tentei negociar também sem sucesso.
Para minha decepção, recebi a fatura desse mês, cobrando de uma única vez o valor de
R$ 2.000,00 que foi creditado indevido pelo Carrefour.
Liguei para a central de atendimento através do número 11 4004-0184 (número do protocolo do atendimento 00042274404) falei com o atendente identificado por Eduardo Domingos e ele informou que não era possível parcelar essa devolução, se eu quisesse parcelar, tinha que pagar juros e encargos.
Deixo aqui registrado minha insatisfação e indignação com o atendimento do cartão Carrefour.



Falando de Educação – Ricardo Amorim

O Brasil faz uma importante correção de rumos, mas ainda precisa privilegiar o futuro em vez do passado


É fácil ser pessimista com relação à educação no Brasil. Diariamente ouvimos histórias da falta de recursos e do descaso. Para piorar, os resultados dos estudantes brasileiros em exames internacionais são razão de vergonha nacional. No exame PISA (Program for International Student Assessment) de 2009, a educação brasileira ficou em 53º lugar entre 65 países, atrás de Trinidad e Tobago.
Entretanto, há cerca de 20 anos, iniciamos no Brasil uma despercebida correção de nossas maiores mazelas educacionais, que deve se acelerar ao longo das próximas décadas. Nos anos 90, começou um processo de inclusão educacional, com a universalização do acesso à educação básica, a elevação da escolaridade média e a expansão do acesso à universidade.
O número de universitários no País passou de 1,5 milhão em 1990 para 3,5 milhões em 2000 e para 6,5 milhões em 2010. O problema é que este avanço no acesso à educação deteriora os indicadores de qualidade do ensino. A população brasileira ficou mais educada, mas o nível médio do estudante universitário, refletido nos exames, piorou à medida que estudantes menos preparados passaram a ingressar nas faculdades. Quando comparamos a nota média dos alunos de 2000 com a média dos estudantes em 2010, desconsideramos que, dez anos antes, três milhões deles nem sequer chegavam à faculdade. Uma fotografia mais fidedigna da evolução da qualidade apareceria se comparássemos apenas as notas dos 3,5 milhões dos melhores alunos de hoje com as dos 3,5 milhões de dez anos antes.
A verdade é que a expansão do acesso à universidade ainda tem de progredir muito nas próximas décadas. Apesar de todo o avanço em inclusão nos últimos 20 anos, ainda hoje apenas um de cada cinco jovens brasileiros chega à universidade.
Também a qualidade de nossa educação vai melhorar gradualmente nas próximas décadas, por duas razões.
A primeira é um sustentado aumento dos investimentos públicos em educação, possibilitado pelo forte crescimento econômico e consequente elevação da arrecadação de impostos. De 2005 a 2010, os gastos do governo com educação passaram de 3,9% para 5,4% do PIB e devem atingir 7,0% do PIB em 2014.
A segunda razão é demográfica. Com a forte queda da taxa de natalidade nas últimas décadas, o número de crianças e jovens em idade escolar e universitária cairá nas próximas décadas. Com mais recursos e menos alunos, o investimento por aluno aumentará consideravelmente, o que – salvo total desperdício do dinheiro gasto – deve resultar em melhor qualidade de ensino.
Tudo resolvido então? Claro que não. Precisamos acelerar muito a inclusão e a qualidade de nossa educação. A Coreia, país mais bem colocado no exame PISA (Xangai ficou em primeiro lugar, mas não foi apurada uma média para toda a China), mostra o caminho.
Há 30 anos, a renda per capita na Coreia era similar à brasileira; hoje ela é duas vezes maior. Não por acaso. Na Coreia, para cada R$ 1 que o governo gasta com crianças de até 15 anos, ele gasta R$ 0,80 com aqueles com mais de 65 anos. Como consequência, os coreanos são líderes em qualidade de ensino e mais de 60% dos jovens coreanos chegam à universidade.
No Brasil, para cada R$ 1 de gasto público com crianças, são gastos R$ 10 com idosos. A Coreia escolheu investir no futuro. O Brasil, no passado.
Fonte: http://ricamconsultoria.com.br/news/artigos/palestrante-ricardo-amorim-como-investir-em-educacao