segunda-feira, 4 de julho de 2011

Economia brasileira continua em crescimento apesar do cenário internacional negativo

Apesar de todos os problemas provocados pela crise fiscal na Europa e da falta de força de recuperação da economia norte-americana, além de desastres naturais como o terremoto/tsunami no Japão, a economia brasileira continuou em crescimento no primeiro semestre deste ano, com todos os setores, à exceção da Bolsa e do dólar, em alta.

O indicador que talvez seja o mais surpreendente é o da balança comercial. No período, o saldo comercial ficou positivo em US$ 12,985 bilhões, um crescimento de 63,3% em relação a 2010, mesmo com a queda de 6,25% do dólar desde o início deste ano, o que diminui a rentabilidade das vendas para o exterior. Na última sexta-feira, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,557, o mais baixo patamar desde 1999.
O volume recorde de exportações explica o resultado. Foram US$ 118,306 bilhões no primeiro semestre, o que representa quase a metade da meta para o ano, que é de US$ 245 bilhões. O governo já estuda revisar para cima esta projeção de vendas.
O maior responsável por esses números no comércio exterior é o agronegócio, que responde por mais de 40% das exportações brasileiras. Além disso, em meio a debates sobre a disparada dos preços internacionais das commodities agrícolas e do aumento na demanda mundial por alimentos, o Brasil ganhou definitivamente o status de potencial fornecedor global de produtos agropecuários.
A capacidade produtiva da agricultura nacional ganhou, em 2011, novos contornos, depois que o governo federal mudou as regras, em 2010, de aquisição e arrendamento de áreas rurais por estrangeiros.
A euforia é confirmada pelas previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicam, ambos, que a safra será superior a 161 milhões de toneladas, recorde absoluto.
Para outros setores, a primeira metade do ano também foi muito positiva. No varejo, o crescimento é menor que no ano passado, mas ainda em ritmo considerado razoável, principalmente em São Paulo, apesar das restrições ao crédito. As projeções dão conta de um crescimento médio de 7% do comércio varejista no Estado de São Paulo neste primeiro semestre de 2011.
A indústria é o setor que mais sofre este ano. Apesar do crescimento em alguns setores, como o de automóveis, com aumento de 10% das vendas, a produção industrial não deve crescer mais que 3% este ano. Em maio, o aumento da produção foi de 2,7%.
A Bolsa de Valores de São Paulo sente mais os efeitos negativos da inflação e dos juros, e fechou o semestre com queda de 9,96%. O presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, lamenta o resultado. "O primeiro semestre ficou muito abaixo do que esperávamos. Os investidores estrangeiros tiveram muitas incertezas neste período, colaborando ainda mais para a desvalorização do nosso mercado. O aumento da taxa de juros também foi um componente negativo para a Bolsa."
Fonte: http://www.dci.com.br/

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