quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Indicadores Sociais - IDH e GINE


Indicadores Sociais
O Brasil é a 6ª (sexta) maior economia mundial, de acordo com o PIB - Produto Interno Bruto, sendo a maior da América Latina. No entanto, com um PIB per capita inferior a alguns países dessa região (Argentina, Chile e Uruguai), e possuindo um IDH médio, ocupado a 70ª posição mundial.
O Coeficiente de Gini Coeficiente de Gini é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, e publicada no documento "Variabilità e mutabilità" (italiano: "variabilidade e mutabilidade"), em 1912.
Esse consiste em um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda (todos têm a mesma renda) e 1 corresponde à completa desigualdade (uma pessoa tem toda a renda, e as demais nada têm). O índice de Gini é o coeficiente expresso em pontos percentuais (é igual ao coeficiente multiplicado por 100). Enquanto o coeficiente de Gini é majoritariamente usado para mensurar a desigualdade de renda, pode ser também usado para mensurar a desigualdade de riqueza.
Representação gráfica do Coeficiente de Gini: o eixo horizontal representa a renda, e o eixo vertical, a quantidade de pessoas. A diagonal representa a igualdade perfeita de renda, e a área amarela é o coeficiente de Gini. A curva que delimita o coeficiente denomina-se curva de Lorenz. Deve-se recordar que quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país, e quanto mais próximo de 0, menos desigual



Lista de países por grau de desigualdade, segundo o Coeficiente de Gini, com o ano de referência da pesquisa.
15
31
14
30
13
29
12
28
11
27
10
26
9
25
8
24
7
23
6
22
5
21
4
20
Turquia: 0,400
3
19
2
18
1
17


16
Fonte: Relatório de desenvolvimento da ONU de 2005





Fonte: IBGE, PNAD, Síntese de Indicadores 2003 
   
O que é IDH?
 IDH significa Índice de Desenvolvimento Humano, e é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em seu relatório anual.

Critérios de Avaliação

Cálculo

Para calcular o IDH de uma localidade, faz-se a seguinte média aritmética:

·         EV = Expectativa de vida;
·         TA = Taxa de Alfabetização;
·         TE = Taxa de Escolarização;
·         log10PIBpc = logaritmo decimal do PIB per capita.
  
  
Ranking nacional divulgado em 2008 pelo Pnud – IDH por estado da Federação:

1° - Distrito Federal – 0,874
2° - Santa Catarina – 0,840
3° - São Paulo – 0,833
4° - Rio de Janeiro – 0,832
5° - Rio Grande do Sul – 0,832
6° - Paraná – 0,820
7° - Espírito Santo – 0,802
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802
9° - Goiás – 0,800
10° - Minas Gerais – 0,800
11° - Mato Grosso – 0,796
12° - Amapá – 0,780
13° - Amazonas – 0,780
14° - Rondônia – 0,756
15° - Tocantins – 0,756
16° - Pará – 0,755
17° - Acre – 0,751
18° - Roraima – 0,750
19° - Bahia – 0,742
20° - Sergipe – 0,742
21° - Rio Grande do Norte – 0,738
22° - Ceará – 0,723
23° - Pernambuco – 0,718
24° - Paraíba – 0,718
25° - Piauí – 0,703
26° - Maranhão – 0,683
27° - Alagoas – 0,677


IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - dados consolidados de 2005.


Países com Alto Índice de Desenvolvimento Humano
1 - Irlanda (0,968)
2 - Noruega (0,968)
3 - Austrália (0,962)
4 - Canadá (0,961)
5 - Irlanda (0,959)
6 - Suécia (0,956)
7 - Suíça (0,955)
8 - Japão (0,953)
9 - Holanda (0,953)
10 - França (0,952)
11 - Finlândia (0,952)
12 - Estados Unidos (0,951)
13 - Espanha (0,949)
14 - Dinamarca (0,949)
15 - Austria (0,948)
16 - Reino Unido (0,946)
17 - Bélgica (0,946)
18 - Luxemburgo (0,944)
19 - Nova Zelândia (0,943)
20 - Itália (0,941)
21 - Hong Kong (0,937)
22 - Alemanha (0,935)
23 - Israel (0,932)
24 - Grécia (0,926)
25 - Singapura (0,922)
26 - República da Coréia (0,921)
27 - Eslovênia (0,917)
28 - Chipre (0,903)
29 - Portugal (0,897)
30 - Brunei Darussalam (0,894)
31 - Barbados (0,892)
32 - República Tcheca (0,891)
33 - Kuwait (0,891)
34 - Malta (0,878)
35 - Catar (0,875)
36 - Hungria (0,874)
37 - Polônia (0,870)
38 - Argentina (0,869)
39 - Emirados Árabes (0,868)
40 - Chile (0,867)
41 - Barein (0,866)
42 - Eslováquia (0,863)
43 - Lituânia (0,862)
44 - Estônia (0,860)
45 - Letônia (0,855)
46 - Uruguai (0,852)
47 - Croácia (0,850)
48 - Costa Rica (0,846)
49 - Bahamas (0,845)
50 - Seychelles (0,843)
51 - Cuba (0,838)
52 - México (0,829)
53 - Bulgária (0,824)
54 - São Cristóvão e Névis (0,821)
55 - Tonga (0,819)
56 - Líbia (0,818)
57 - Antígua e Barbuda (0,815)
58 - Omã (0,814)
59 - Trinidad e Tobago (0,814)
60 - Romenia (0,813)
61 - Arábia Saudita (0,812)
62 - Panamá (0,812)
63 - Malásia (0,811)
64 - Bielorrússia (0,804)
65 - Ilhas Maurício (0,804)
66 - Bósnia e Herzegovina (0,803)
67 - Rússia (0,802)
68 - Albânia (0,801)
69 - Macedônia (0,801)
70 - Brasil (0,800)


Países com Médio Índice de Desenvolvimento Humano

71 - República Dominicana (0,798)
72 - Santa Lúcia (0,795)
73 - Cazaquistão (0,794)
74 - Venezuela (0,792)
75 - Colômbia (0,791)
76 - Ucrânia (0,788)
77 - Samoa (0,785)
78 - Tailândia (0,781)
79 - República Dominicana (0,779)
80 - Belize (0,778)
81 - China (0,777)
82 - Granada (0,777)
83 - Armênia (0,775)
84 - Turquia (0,775)
85 - Suriname (0,774)
86 - Jordão (0,773)
87 - Peru (0,773)
88 - Líbano (0,772)
89 - Equador (0,772)
90 - Filipinas (0,771)
91 - Tunísia (0,766)
92 - Fiji (0,762)
93 - São Vicente e Granadinas (0,761)
94 - Irã (0,759)
95 - Paraguai (0,755)
96 - Georgia (0,754)
97 - Guiana (0,750)
98 - Azerbaijão (0,746)
99 - Sri Lanka (0,743)
100 - Malvinas (0,741)
101 - Jamaica (0,736)
102 - Cabo Verde (0,736)
103 - El Salvador (0,735)
104 - Algeria (0,733)
105 - Vietnã (0,733)
106 - Territórios ocupados da Palestina (0,731)
107 - Indonésia (0,728)
108 - República Síria (0,724)
109 - Turcomenistão (0,713)
110 - Nicarágua (0,710)
111 - Moldávia (0,708)
112 - Egito (0,708)
113 - Usbequistão (0,702)
114 - Mongólia (0,700)
115 - Honduras (0,700)
116 - Quirguistão (0,696)
117 - Bolívia (0,656)
118 - Guatemala (0,689)
119 - Gabão (0,677)
120 - vanuatu (0,674)
121 - Africa do Sul (0,674)
122 - Tadjiquistão (0,673)
123 - São Tomé e Príncipe (0,654)
124 - Botsuana (0,654)
125 - Namíbia (0,650)
126 - Marrocos (0,646)
127 - Guiné Equatorial (0,642)
128 - Índia (0,619)
129 - Ilhas Salomão (0,602)
130 - Laos (0,601)
131 - Camboja (0,598)
132 - Mianmar (0,583)
133 - Butão (0,579)
134 - omores (0,561)
135 - Gana (0,553)
136 - Paquistão (0,551)
137 - Mauritânia (0,550)
138 - Lesoto (0,549)
139 - Congo (0,548)
140 - Bangladesh (0,547)
141 - Suazilândia (0,547)
142 - Nepal (0,534)
143 - Madagascar (0,533)
144 - Camarões (0,532)
145 - Papua Nova Guiné (0,530)
146 - Haiti (0,529)
147 - Sudão (0,526)
148 - Quênia (0,521)
149 - Djibouti (0,516)
150 - Timor Leste (0,514)
151 - Zimbabue (0,513)
152 - Togo (0,512)
153 - Iêmen (0,508)
154 - Uganda (0,505)
155 - Gâmbia (0,502)
 
Países com Baixo Índice de Desenvolvimento Humano

156 - Senegal (0,499)
157 - Eritréia (0,483)
158 - Nigéria (0,470)
159 - Tanzânia (0,467)
160 - Guinea (0,456)
161 - Ruanda (0,452)
162 - Angola (0,446)
163 - Benin (0,437)
164 - Malawi (0,437)
165 - Zâmbia (0,434)
166 - Côte d'Ivoire (0,432)
167 - Burundi (0,413)
168 - Congo (0,411)
169 - Etiópia (0,406)
170 - Chade (0,388)
171 - República Centro-Africana (0,384)
172 - Moçambique (0,384)
173 - Mali (0,380)
174 - Nigéria (0,374)
175 - Guiné-Bissau (0,374)
176 - Burkina Faso (0,370)
177 - Serra Leoa (0,336)

Fonte: O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ranking de 177 países por Índice de Desenvolvimento Humano.

Governo prorroga redução de IPI



O ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto destaque), anunciou nesta quarta-feira (29) a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados ) para vários setores, entre elas a linha branca e os automóveis. 
Vale lembrar que, tal  benefício começaria a vencer na próxima sexta (31).
Para carros, onde a renúncia fiscal é maior, o desconto foi mantido por mais dois meses, até outubro. A previsão inicial é de que o desconto no impostos para carros e eletrodomésticos valeria só até essa sexta-feira. O IPI reduzido para móveis expiraria em setembro.  
Nos casos de material de construção e bens de capital (máquinas e equipamentos), o fim do IPI reduzido foi adiado de dezembro deste ano para dezembro de 2013. Para material de construção, quatro novos produtos (piso laminado, piso de madeira sólida, piso vinílico e drywall) tiveram o imposto reduzido de 5% para zero.
 
"Estamos dando esse estímulo porque essa é a época em que as empresas decidem aumentar seus estoques visando o Natal", disse Mantega.
 
"Nós obtivemos um resultado muito bom com a redução do IPI para linha branca, automóveis, moveis, etc", acrescentou.
 
As medidas vão implicar em uma arrecadação de menos R$ 5,5 bilhões até 2013, informou o ministro.

Copom repete movimento de julho e reduz Selic para 7,50% ao ano



Como era amplamente esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu reduzir a taxa básica de juros para 7,50% ao ano, um recuo de 0,50 ponto percentual, repetindo o movimento da reunião de julho. Esta foi a sexta  reunião do Copom este ano e marca a nona queda consecutiva da Selic.

Veja nota na íntegra: "O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 7,50% a.a., sem viés.

Considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia.

Votaram pela redução da taxa Selic para 7,50% os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini, Presidente, Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques". 

Em janeiro, na primeira reunião do colegiado em 2012, o Comitê reduziu a taxa básica de juros em 0,50 p.p, a 10,50% ao ano. Em março, no segundo encontro do ano, o Copom optou por reduzir em 0,75 p.p a taxa básica de juros, para 9,75% ao ano. Em abril, na quarta reunião de 2012, o colegiado repetiu o movimento do terceiro mês do ano e reduziu a taxa selic em 0,75 p.p, para 9% ao ano. Em maio, na quarta reunião deste ano, o colegiado decidiu cortar em 0,50 p.p, para 8,50% ao ano. Em julho, na quinta reunião deste ano, o BC optou por reduzir os juros em 0,50 p.p, para 8% ao ano. 

A taxa Selic é o instrumento mais usado pelo BC para controlar a demanda por bens e serviços e, por consequência, a inflação. O Copom reúne-se a cada 45 dias para definir a taxa. Os sinais analisados na hora de definir a Selic são os dados sobre a expansão da economia, a situação externa e os índices de inflação.

Quando a economia está aquecida, os consumidores têm dinheiro para gastar. Assim, a procura por bens e serviços aumenta e há dificuldade da indústria, do comércio e do setor de serviços de suprir os consumidores na mesma proporção do aumento da demanda. Com isso, a tendência é de que os preços aumentem. O Copom, então, eleva os juros para estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda.

Todo ano, o BC tem que perseguir uma meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão. A meta tem como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para 2012, a meta de inflação é de 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5% (dois pontos percentuais para cima ou para baixo). O BC tem que atuar para que a inflação anual fique em torno do centro da meta. A expectativa dos economistas ouvidos pelo BC no último Boletim Focus é de que o IPCA encerre este ano em 5,19%.



Leia Mais: http://www.ultimoinstante.com.br/economia/taxa-de-juros/80404-PLANTO-Copom-repete-movimento-julho-reduz-Selic-para-750-ano.html#ixzz251q3ZrWw

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

BC e Ordem dos Economistas do Brasil divergem sobre endividamento das famílias


Presidente da Ordem dos Economistas do Brasil diz que o endividamento das famílias chega a 57%; BC acredita que é menos

casal - finanças - contas - dívidas

O seminário Políticas Públicas de Estímulo ao Consumo e seus Reflexos na Economia Brasileira, realizado hoje (22) na Câmara dos Deputados, foi marcado por divergências entre os dados estatísticos apresentados por técnicos da iniciativa privada e do governo. O presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Manuel Enriquez Garcia, disse que o endividamento das famílias chega a 57% da renda e que o nível de poupança do país é 17,2% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas e bens produzidos no país.
Números contestados pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel. Ele assegurou para uma plateia de economistas e assessores parlamentares, no Auditório Nereu Ramos, que o comprometimento da renda é 43,4%, e cai para 31,1% excluídos os créditos imobiliários. Parcela que, no seu entender, deve ser vista como geração de patrimônio, embora comprometa parte considerável da renda. E a taxa de investimento é 19,1% do PIB, acrescentou.
Polêmicas à parte, “o certo, porém, é que se trata de dívida”, de acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia no Distrito Federal (Corecon-DF), Jusçanio Umbelino de Souza, e “toda forma de endividamento deve ser vista com muita cautela”. Segundo ele, a oferta de crédito e aumento de consumo resolvem dificuldades de curto prazo, mas podem provocar descontroles contábeis a médio e longo prazos. Daí a necessidade de mais investimentos em educação financeira.
Túlio Maciel ressaltou que “o crescimento do consumo se traduz em bem-estar”. Tanto que de 2003 a 2011 em torno de 40 milhões de brasileiros ascenderam socialmente, engrossando o mercado consumidor. E a expansão se deu em virtude do maior dinamismo econômico do país, com mais oferta de empregos e crescimento da renda, acrescidos da estabilidade de preços e da diminuição dos custos financeiros nas operações de crédito, acrescentou.
De acordo com o técnico do BC, o estoque de créditos no sistema financeiro nacional (SFN) correspondia, em junho último, a 50,6% do PIB, dos quais 26,9% contratados por empresas e 23,7% por pessoas físicas. Comprometimento que ele acha baixo, considerando-se níveis de 230,3% nos Estados Unidos, de 145,9% na China ou mesmo de 96% no Chile. Além de haver mais margem para aumento do crédito, ele ressalta também a solidez do sistema bancário, que trabalha com índice de capital mínimo regulatório bem acima dos 8% exigidos pelo Acordo de Basileia (estabeleceu mecanismos para mensuração do risco de crédito e definiu a exigência de capital mínimo para suportar riscos). Por recomendação do BC, o índice mínimo no Brasil é 11%.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Curso Rápido de Economia



Um viajante chega numa cidade e entra num pequeno hotel. Na recepção, entrega duas notas de R$100,00 e pede para ver um quarto.
Enquanto o viajante inspeciona os quartos, o gerente do hotel sai correndo com as duas notas de R$100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro.
Este pega as duas notas e vai até um criador de suínos a quem, coincidentemente, também deve R$200,00 e quita a dívida.
O criador, por sua vez, pega também as duas notas e corre ao veterinário para liquidar uma dívida de... R$200,00.
O veterinário, com a duas notas em mãos, vai até a zona quitar a dívida com uma prostituta. cooincid entemente, a dívida era de R$200,00.
A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde, às vezes, levava seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações. Valor total da dívida: R$200,00. Ela avisa ao gerente que está pagando a conta e coloca as notas em cima do balcão.
Nesse momento, o viajante retorna dos quartos, diz não ser o que esperava, pega as duas notas de volta, agradece e sai do hotel.
Ninguém ganhou ou gastou nenhum centavo, porém agora toda a cidade vive sem dívidas e com o crédito restaurado começa um novo futuro com mais confiança! MORAL DA HISTÓRIA: NÃO QUEIRA ENTENDER ECONOMIA

Conheça os cinco vilões do crescimento do Brasil




Embora já tenha conquistado o posto de sexta maior economia do mundo em 2011, o Brasil ainda se vê às voltas com dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que destoam do papel assumido pelo país na cena internacional nos últimos anos.

Tal conjunto de entraves, o chamado "Custo Brasil", impede um crescimento mais robusto da economia, minando a eficiência da indústria nacional e a competitividade dos produtos brasileiros.

Segundo especialistas, o recente cenário da queda dos juros deixou tais entraves ainda mais evidentes.

"Por muito tempo, as empresas aproveitaram-se dos juros altos para ganhar dinheiro, aplicando seus lucros no mercado financeiro com vistas a maiores retornos. Porém esse cenário está mudando", afirmou à BBC Brasil André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Na prática, com aplicações agora menos rentáveis, as empresas começam a deslocar as aplicações do setor financeiro para o setor produtivo, investindo na expansão dos próprios negócios.

Nessa transição, o 'Custo Brasil' acaba ficando mais transparente, apontam os analistas.

Na semana passada, o governo anunciou um pacote de R$ 133 bilhões em concessões ao setor privado de rodovias e ferrovias brasileiras pelos próximos 25 anos, na tentativa de contornar graves gargalos da infraestrutura do país.

A decisão foi comemorada, porém ainda há um longo caminho a percorrer. Confira os cinco principais vilões do crescimento da economia brasileira, que, segundo as últimas previsões, não deve crescer acima de 1,75% neste ano.

1) Infraestrutura precária

Segundo um estudo do Departamento de Competitividade de Tecnologia (Decomtec), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), as empresas têm uma despesa anual extra de R$ 17 bilhões devido à precariedade da infraestrutura do país, incluindo péssimas condições das rodovias e sucateamento dos portos.

Como resultado, os custos logísticos acabam encarecendo o produto final. De acordo com um levantamento do instituto ILOS, cerca de 30% do preço da tonelada soja produzida em Mato Grosso e exportada do porto de Santos, por exemplo, referem-se apenas aos gastos com transporte do grão.

"O Brasil também fez uma opção pelo transporte rodoviário, mais caro do que outros meios, como ferrovias ou hidrovias", afirmou Márcio Salvato, coordenador do curso de Economia do Ibmec.

Além da infraestrutura, o país também sofre com as altas tarifas de energia elétrica, apesar de cerca de 70% de sua matriz energética ser proveniente de hidrelétricas, consideradas mais limpas e baratas.

Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Fierj), publicada no ano passado, mostrou que o custo médio de energia no Brasil é 50% superior à média global e mais do que o dobro de outras economias emergentes.

2) Deficit de mão de obra especializada

Em alguns setores da indústria, o Brasil já vive "um apagão de mão de obra", com falta de profissionais qualificados capazes de executar tarefas essenciais ao crescimento do país.

Segundo o mais recente levantamento feito pela consultoria Manpower com 41 países ao redor do mundo, o Brasil ocupa a 2ª posição entre as nações com maior dificuldade em encontrar profissionais qualificados, atrás apenas do Japão.

Entre os empresários brasileiros entrevistados para a pesquisa, 71% afirmaram não ter conseguido achar no mercado pessoas adequadas para o trabalho.

Para efeitos de comparação, na Argentina o índice é de 45%, no México, de 43% e na China, de apenas 23%.

"Se no Japão o maior entrave é o envelhecimento da população, o problema no Brasil é a falta de qualificação profissional", afirmou à BBC Brasil Márcia Almström, diretora da Recursos Humanos da filial brasileira da Manpower.

De acordo com uma pesquisa divulgada neste ano pelo Ipea, o governo direcionou apenas 5% do PIB em 2010 para a educação, contra 7% do padrão internacional.

"Sofremos com a falta de profissionais de nível técnico, de operações manuais e de engenheiros", acrescentou Almström.

Atualmente, segundo a consultoria McKinsey, apenas 7% dos trabalhadores brasileiros têm diploma universitário, atrás da África do Sul (9%) e da Rússia (23%).

3) Sistema tributário complexo

Segundo o relatório 'Doing Business' do Banco Mundial, são necessárias 2.600 horas por ano para empresas de médio-porte brasileiras somente para pagar impostos, contra 415 na Argentina, 398 na China e 254 na Índia.

"Já passou da hora para que o Brasil simplifique seu sistema tributário", disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Um dos exemplos da alta complexidade tributária no Brasil pode ser verificado no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Como está presente em todos as etapas da cadeia produtiva, seu recolhimento ocorre diversas vezes e leva à cobrança de imposto sobre imposto, também conhecido de "imposto em cascata".

"São 27 legislações, uma para cada estado, além de alíquotas diferentes para cada produto. Isso sem falar na alíquota interestadual", afirmou Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria e professor da FGV-SP. "Isso dificulta a vida do empresariado brasileiro", acrescentou.

O resultado são produtos menos competitivos, que chegam mais caros às gôndolas e sofrem maior concorrência dos estrangeiros.

4) Baixa capacidade de investimentos público e privado

Historicamente, a taxa de investimentos tanto pública quanto privada é baixa no Brasil, em torno de 18% do PIB.

Especialistas consideram que seria necessário elevar esse patamar para, pelo menos, 25% do PIB, de forma a permitir um crescimento sustentável da economia.

Isso porque, sem investimentos, para a compra de novos maquinários ou para a construção de novas rotas de escoamento, por exemplo, há uma menor eficiência produtiva, o que encarece e diminui a competitividade dos produtos brasileiros.

"É preciso que o governo faça os ajustes necessários para aumentar a confiança do empresariado e, assim, incentivar o investimento", acrescentou Salto.

5) Burocracia excessiva

Segundo o Banco Mundial, entre 183 países o Brasil ocupa o 126º lugar quando se analisa a facilidade de se fazer negócios, abaixo da média da América Latina (95º) e atrás de países como Argentina (115º), México (53º), Chile (39º) e Japão (22º).

Até obter retorno sobre seus investimentos, cabe aos empresários brasileiros vencer uma via-crúcis, que, inclui, entre outras etapas, 13 procedimentos apenas para abrir um negócio, ou 119 dias.

Na Argentina, são necessários 26 dias, no Chile, 7 e na China, 14.

Entre tais procedimentos estão, por exemplo, a homologação da empresa em diferentes órgãos de supervisão, o registro dos funcionários e licenças ambientais.

"Ao fim e ao cabo, o custo das empresas é extremamente alto, antes mesmo que elas produzam qualquer centavo", afirmou Salvato