quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Copom repete movimento de julho e reduz Selic para 7,50% ao ano



Como era amplamente esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu reduzir a taxa básica de juros para 7,50% ao ano, um recuo de 0,50 ponto percentual, repetindo o movimento da reunião de julho. Esta foi a sexta  reunião do Copom este ano e marca a nona queda consecutiva da Selic.

Veja nota na íntegra: "O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 7,50% a.a., sem viés.

Considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia.

Votaram pela redução da taxa Selic para 7,50% os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini, Presidente, Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques". 

Em janeiro, na primeira reunião do colegiado em 2012, o Comitê reduziu a taxa básica de juros em 0,50 p.p, a 10,50% ao ano. Em março, no segundo encontro do ano, o Copom optou por reduzir em 0,75 p.p a taxa básica de juros, para 9,75% ao ano. Em abril, na quarta reunião de 2012, o colegiado repetiu o movimento do terceiro mês do ano e reduziu a taxa selic em 0,75 p.p, para 9% ao ano. Em maio, na quarta reunião deste ano, o colegiado decidiu cortar em 0,50 p.p, para 8,50% ao ano. Em julho, na quinta reunião deste ano, o BC optou por reduzir os juros em 0,50 p.p, para 8% ao ano. 

A taxa Selic é o instrumento mais usado pelo BC para controlar a demanda por bens e serviços e, por consequência, a inflação. O Copom reúne-se a cada 45 dias para definir a taxa. Os sinais analisados na hora de definir a Selic são os dados sobre a expansão da economia, a situação externa e os índices de inflação.

Quando a economia está aquecida, os consumidores têm dinheiro para gastar. Assim, a procura por bens e serviços aumenta e há dificuldade da indústria, do comércio e do setor de serviços de suprir os consumidores na mesma proporção do aumento da demanda. Com isso, a tendência é de que os preços aumentem. O Copom, então, eleva os juros para estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda.

Todo ano, o BC tem que perseguir uma meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão. A meta tem como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para 2012, a meta de inflação é de 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5% (dois pontos percentuais para cima ou para baixo). O BC tem que atuar para que a inflação anual fique em torno do centro da meta. A expectativa dos economistas ouvidos pelo BC no último Boletim Focus é de que o IPCA encerre este ano em 5,19%.



Leia Mais: http://www.ultimoinstante.com.br/economia/taxa-de-juros/80404-PLANTO-Copom-repete-movimento-julho-reduz-Selic-para-750-ano.html#ixzz251q3ZrWw

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