quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Quando o assunto é corrupção, veja as 10 maneiras de corrupção mais comuns na vida do brasileiro

O coordenador nacional da campanha do Ministério Público “O que você tem a ver com a corrupção” e promotor de Justiça, Jairo Cruz Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar uma lista das práticas de corrupção que são comuns no dia a dia do brasileiro


  1. Não dar nota fiscal
  2. Não declarar Imposto de Renda
  3. Tentar subornar o guarda para evitar multa
  4. Falsificar carteirinha de estudante
  5. Dar/aceitar troco errado
  6. Roubar TV a cabo
  7. Furar fila
  8. Comprar produtos falsificados
  9. No trabalho, bater ponto pelo colega
  10. Falsificar assinaturas

Fontes: R7 e BBC Brasil
- Você faz isso?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

As marcas de futebol mais valiosas do Brasil


O Corinthians mantém a liderança entre as marcas mais valiosas entre os clubes de futebol do Brasil em 2012. Os dados são do estudo da BDO RCS Auditores Independentes, que avalia o valor da marca dos 17 maiores times do País. Vale destacar que a BDO RCS pertence a Raul Corrêa da Silva, diretor de Finanças do Corinthians.
Segundo a BDO, o valor consolidado das marcas em 2012 cresceu 24%, em relação ao ranking de 2011, atingindo R$ 5,38 bilhões. Os clubes que mais cresceram em valor gerado para as suas marcas entre 2004 e 2012 foram o Corinthians com evolução de R$ 720 milhões, Flamengo, com alta de R$ 469 milhões, São Paulo, R$ 431 milhões e Internacional que avançou R$ 311 milhões.
A metodologia utilizada pela BDO para a avaliação das marcas foi a mesma das outras edições, com a utilização de dados financeiros, pesquisas com o torcedor, informações de marketing de cada clube e dados econômicos e sociais dos brasileiros. Confira os 10 clubes mais valiosos do Brasil:
Clube                                          Valor em 2012                                 Valor em 2011 
CorinthiansR$ 1.005,5 bilhão R$ 867 milhões
Flamengo R$ 792 milhões R$ 689,5 milhões
São Paulo R$ 771 milhõesR$ 664,2 milhões
Palmeiras R$ 481,2 milhõesR$ 452,9 milhões
Internacional R$ 392,9 milhõesR$ 277,9 milhões
Santos R$ 341,6 milhõesR$ 227,9 milhões
Vasco da GamaR$ 316,7 milhõesR$ 224,6 milhões
GrêmioR$ 316,1 milhõesR$ 162,5 milhões
CruzeiroR$ 205 milhõesR$ 151,3 milhões
Atlético-MGR$ 179,1 milhõesR$ 150,5 milhões
Fonte: Análise BDO

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Salário Mínimo deveria ser de R$ 2.617,33 para os brasileiros arcar com despesas




O salário mínimo é o menor salário que uma empresa pode pagar para um funcionário.
Ele é estabelecido por lei e é reavaliado todos os anos com base no custo de vida da população, sua criação foi feita com base no valor mínimo que uma pessoa gasta para garantir sua sobrevivência.
História do Salário Mínimo
O salário mínimo foi criado no século XIX na Austrália e na Nova Zelândia.
No Brasil o salário mínimo surgiu no século XX na década de 30, com a promulgação da Lei de nº185 em janeiro de 1936 e decreto de lei em abril de 1938.
No dia 1º de Maio o então presidente Getúlio Vargas, fixou os valores do salário mínimo que começou a vigorar no mesmo ano.
Nesta época existiam 14 salários mínimos diferentes, sendo que na capital do país, o Rio de Janeiro, o salário mínimo correspondia a quase três vezes o valor do salário mínino no Nordeste.
A primeira tabela do salário mínimo tinha um prazo de vigência de três anos, mas em 1943 foi dado o primeiro reajuste seguido de um outro em dezembro do mesmo ano.
Os aumentos eram calculados para recompor o poder de compra do salário mínimo.




Valor Do Novo Salário Mínimo 2011





O brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.617,33 em outubro para conseguir arcar com suas despesas básicas, de acordo com dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) nesta segunda-feira (5/11/2012).
A entidade verificou que são necessários 4,21 vezes o valor do salário mínimo vigente na data para suprir as demandas do trabalhador. O cálculo foi feito com base no mínimo de R$ 622, em vigor desde o início do ano.
Em setembro, o valor necessário para suprir as necessidades mínimas do trabalhador era de R$ 2.616,41.
O salário mínimo necessário é o que segue o preceito constitucional de atender às necessidades vitais do cidadão e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, sendo reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.
Cesta versus salário
O comprometimento com os gastos da cesta básica alcançava, em média, 46,95% do salário mínimo em outubro, após a dedução da parcela referente à Previdência Social, ante os 47,04% necessários em setembro. No mesmo período de 2011, o percentual comprometido era de 46,48%.
Confira o movimento do salário mínimo vigente e o necessário desde outubro de 2011 até o mesmo mês deste ano:
Salário mínimo vigente versus necessário
MêsSalário vigenteSalário necessário
Fonte: Dieese
Outubro/11R$ 545R$ 2.329,94
Novembro/11R$ 545R$ 2.349,26
Dezembro/11R$ 545R$ 2.329,35
Janeiro/12R$ 622R$ 2.398,82
Fevereiro/12R$ 622R$ 2.323,21
Março/12R$ 622R$ 2.295,58
Abril/12R$ 622R$ 2.329,35
Maio/12R$ 622R$ 2.383,28
Junho/12R$ 622R$ 2.416,38
Julho/12R$ 622R$ 2.519,97
Agosto/12R$ 622R$ 2.589,78
Setembro/12R$ 622R$ 2.616,41
Outubro/12R$ 622R$ 2.617,33


terça-feira, 30 de outubro de 2012

10 erros financeiros que podem acabar com o casamento





Não é novidade que o dinheiro pode ser um motivo de alegria, mas também de problemas, dependendo da situação.
Quando falamos de casamento, fica ainda mais evidente que problemas financeiros podem gerar transtornos, como crises no relacionamento e até separação.


Elaborada pelo Yahoo Finance, uma lista com 10 erros financeiros que podem acabar com o casamento pode ajudar os casais a evitarem problemas no futuro por causa de dinheiro. Conheça a lista:
1. Não conversar sobre as finanças: os casais costumam falar de todos os assuntos possíveis, porém, quando precisam falar de dinheiro, acabam tendo dificuldades para encontrarem o momento certo para falarem de dinheiro.
Uma dica é combinar com o parceiro ou parceira, a hora certa de falar sobre as finanças. Em alguns casos é possível combinar um valor limite de gastos, caso seja necessário ultrapassar esse valor, chegou a hora de sentar e falar sobre as finanças. Falar sobre dinheiro entre o casal pode não ser a melhor maneira de passarem um tempo juntos, mas pode ser essencial para evitar atritos no futuro.
2. Tentativa de comprar o amor: se você acha que esbanjar dinheiro com um anel de diamante ou um carro de luxo vai ajudar a melhorar o seu casamento, reveja seus conceitos. Um estudo da Universidade de Brigham Young encontrou casais em que os dois eram materialistas sem limites, neste caso, a união não era feliz. Por outro lado, os casais que afirmavam que o dinheiro não era o mais importante para eles, conseguiam ter mais sorte no relacionamento.
Segundo a pesquisa, os casais que se importavam mais com o dinheiro, admitiram que este era o maior motivo de conflito entre eles.
3. Ignorar hábitos conflitantes: estudiosos das univesidades da Pensilvânia, Michigan e Northwestern descobriram que consumidores irresponsáveis costumam se casar com outros consumidores com maus hábitos em relação ao dinheiro. O problema é que, segundo o estudo, a probabilidade de divórcio nestes casais é muito maior do que em qualquer outro casal, pois essas semelhaças acabam se tornando problemas no futuro. A solução é tentar entrar num acordo para manterem as finanças sob controle.
4. Não concordar em como dividir o dinheiro: não importa se a conta-corrente é conjunta ou separada. O que realmente importa é o que fazer para que o plano financeiro dê certo e os conflitos não existam. Se um dos dois se estressa facilmente com os hábitos de consumo do outro, a melhor maneira de evitar conflitos é colocar a renda em contas separadas. Já aqueles casais que conseguem trabalhar facilmente em dupla, podem ter conta conjunta para facilitar a organização das finanças.
5. Excesso de dívidas: nos Estados Unidos, por exemplo, 76% dos americanos admitem que o dinheiro é uma fonte significativa de estresse por causa das dívidas. Por isso, o casal deve tentar quitar as dívidas juntos, assim fica mais fácil de eliminar o problema.
6. Esconder compras ou dívidas: uma pesquisa feita nos Estados Unidos revela que 80% das pessoas casadas escondem dívidas ou compras do cônjuge. De acordo com o levantamento, os cônjuges julgam a infidelidade financeira tão prejudicial no relacionamento como a infidelidade sexual. Um dos problemas maiores citados pelas pessoas casadas, é que muitas vezes o cônjuge prefere falar sobre o gasto ou dívida com amigos, em vez de buscar ajuda do parceiro.
7. Pedir empréstimo aos sogros: um dos maiores erros das pessoas casadas é pedir dinheiro emprestado para os pais do cônjuge, pois qualquer problema na hora de pagar o empréstimo pode gerar conflitos no relacionamento. Caso não haja outra possibilidade de conseguir o dinheiro necessário para quitar as dívidas, é importante elaborar um documento com cópia para todos os envolvidos, com todos os detalhes do pagamento. Para evitar qualquer tipo de conflito, é indispensável evitar gastos desnecessários enquanto existe uma dívida com um membro da família.
8. Dividir as responsabilidades de forma tradicional: levando em consideração a forma tradicional de organizar as finanças, as mulheres sempre foram responsáveis por gerenciar as finanças do dia-a-dia e os homens pelo planejamento financeiro. Apesar de antiga, essa fórmula pode não ser a melhor. O ideal é dividir as tarefas financeiras por igual e de acordo com os pontos fortes de cada um.
9. Não reconhecer o peso emocional do dinheiro: um estudo revela que comparando divergências financeiras com qualquer outro tema, as financeiras duram mais, são mais nocivas para os casais e podem até gerar conflitos negativos, como agressões verbais. Segundo a pesquisa, os homens tendem a serem mais afetados com os problemas financeiros, uma vez que se veem como provedores do lar. Por isso, na hora em que começarem a aparecer os problemas financeiros, o casal deve manter a calma para resolverem juntos o problema.
10. Não gastar juntos o que ganham: muitos casais se esquecem de gastar juntos o dinheiro. Uma viagem ou um passeio qualquer que os dois possam colaborar financeiramente, pode ser uma forma de ter experiências prazerosas com o dinheiro e também de esquecer o estresse que cuidar das finanças pode causar.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

As 10 carreiras que mais causam depressão


Por Luiza Belloni Veronesi
Exaustão, acúmulo de estresse e pressão a todo o momento. Esses são alguns dos males contemporâneos que podem causar depressão nos profissionais. Imagine então se a profissão que você escolheu está constantemente ligada a muitas outras características como essas?
O site da revista Health listou as 10 profissões que são mais propensas que seus profissionais tenham depressão, ocasionada por estilos de vida incomuns e estressantes. Para a a conselheira de saúde mental e PhD, Deborah Legge, há certos aspectos que apontam que qualquer trabalho pode contribuir para exacerbar a depressão. “Porém, pessoas que trabalham com cobranças e tensão têm maiores chances de desenvolver a doença do que, por exemplo, pessoas que trabalham com gestão. Às vezes, os profissionais não se dão conta que estão doentes e que precisam de ajuda”, disse Legge.
jovem desempregado
Você ficou na dúvida se sua profissão está na lista? Confira abaixo as 10 carreiras que precisam de atenção:
Enfermeiras e cuidadoras de crianças
Esse grupo de profissionais está no topo da lista, com quase 11% que enfrentam a doença. Um dia típico pode incluir alimentação, banho e cuidar de pessoas que são incapazes de expressar gratidão e apreciação, "pois, eles estão muito doentes e muito pequenos para isso. Ou simplesmente não têm esse hábito”, revela o psicólogo clínico da Tufts University,Christopher Willard. “É estressante ver as pessoas doentes e não conseguir motivá-las positivamente”.
Garçons
Muitos garçons têm salários baixos e enfrentam jornadas de trabalho cansativas, tendo de lidar com inúmeras pessoas mal-educadas e briguentas. Enquanto 10% destes profissionais que enfrentam depressão a mais que no ano anterior, quase 15% são mulheres. “Muitas vezes, esse trabalho é ingrato. As pessoas podem ser rudes e há grande esforço físico diário. Quando as pessoas estão deprimidas, é difícil ter energia e motivação”, ressalta Legge.
Assistentes sociais
Não é surpresa constatar que os assistentes sociais estão entre os cargos com maiores chances de depressão. Lidar com crianças vítimas de abuso ou abandono e famílias à beira de inimagináveis crises e combinar essas situação com muita burocracia pode deixar qualquer profissional estressado.
“É errado cultivar uma cultura que dita sacrifícios emocionais em pró de um bom trabalho”, diz Willard. Isso se aplica, principalmente, com os assistentes sociais, que trabalam com pessoas carentes e se sentem presos ao próprio trabalho, por achar que não estão dando o máximo de si. É uma pressão muito grande atribuir ao seu trabalho sentimentos como tristeza, dor, felicidade, culpa.
Profissionais da saúde
Médicos, enfermeiros, terapeutas, fisioterapêutas e outros profissionais da área da saúde. Essas carreiras exigem longas e cansativas horas de trabalho e nos mais improváveis horários, tudo com muita atenção e cuidado. Além de atingir o físico, esses profissionais estão constantemente colocados em situações extremamente emotivas, em que vidas de outras pessoas estão em suas mãos, literalmente.
Em outras palavras, o estresse e a pressão sempre desafiará seu bem estar. “Todos os dias eles estão lado a lado com doenças, traumas e mortes, além de lidar com membros da família dos pacientes. Isso pode gerar uma triste perspectiva, que todo o mundo é assim”, lembra Willard.
Artistas e escritores
Essas carreiras podem trazer contracheques irregulares, horas incertas e isolamento. Muitos diriam que pessoas criativas são menos tristes, mas pense se as mesmas não conseguem ter inspiração? De acordo com a publicação, houve um aumento de 9% dos profissionais da área que relataram problemas com depressão, em relação ao ano passado. “O que mais eu vejo é bipolariedade entre os artistas. A depressão é comum para aqueles que trabalham com artes, pois seu estilo de vida contribui para isso”, afirma Legge.
Professores
Muitos professores trabalham em mais de uma ou duas escolas e ainda levam trabalho para casa. Em outras situações, eles aprendem a fazer muito com pouco recurso e tempo. “Há pressão para dar um bom ensino as crianças. Seus pais e escolas cobram do professor o cumprimento de normas e de demandas diferentes”, considera Willard. Para ele, as constantes cobranças podem fazer os profissionais esquecerem da razão de ter escolhido a área.
Profissionais de apoio administrativo
Pessoas dessas áreas, que incluem secretárias e atendentes, sofrem de um caso clássico: alta demanda, baixo comando. Eles estão na linha de frente, recebendo ordens de todas as direções, tanto dos clientes quanto dos patrões. Ainda, são normalmente mal-remunerados e se sentem inferiores por não ter poder para fazer além. Antes de duvidar do estresse causado por essa carreira, conte quantas vezes você já ouviu de algum atendente ou secretária a frase “isto não está ao meu alcance. Poderei lhe encaminhar para o gerente, aguarde”.
Além disso, não são reconhecidos por seu trabalho e ainda precisam contornar educadamente qualquer crise de seus patrões ou consumidores.
Profissionais de manutenção
Como iria se sentir caso apenas fosse procurado quando algo der errado? Isso é essencialmente o “ganha-pão” dos profissionais de manutenção, como encanadores, pintores, eletricistas, entre outros. Eles também têm de trabalhar horas incomuns, pois para atender a demanda, precisam ser rápidos e acessíveis, senão perdem para a concorrência.
Ainda, ganham pouco e fazer trabalhos cansativos. “Em termos de colegas de trabalho, eles são isolados, e isso pode ser um trabalho um tanto solitário”, pontua Willard.
Consultores financeiros e contabilistas
A frase “tempo é dinheiro” se coloca perfeitamente na situação. A maioria das pessoas não gostam de lidar com seus próprias finanças, então imagine lidar com milhares ou até milhões de outras pessoas? “Há grande responsabilidade em cuidar de finanças que não são suas e, ainda por cima, o profissional não tem controle do mercado. Nem sempre é sua culpa, mas mesmo assim, os clientes perdem dinheiro e eles provavelmente tirarão satisfações tão pouco educadas com esses profissionais”, ressalta Legge.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Condenação não se deve comemorar

Contra Mensalão, Afif defende voto distritalNesta segunda-feira, Afif participou do encontro mensal conjunto dos conselhos Político, Social e Econômico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O evento apresentou uma palestra do jornalista e comentarista político Merval Pereira sobre projeções para o futuro político do Brasil, e contou com a presença de autoridades municipais e estaduais.
Em discurso, Afif abordou o tema do Mensalão e as lições que a política brasileira pode extrair deste episódio: “Não acho que se deva comemorar a condenação de ninguém. Quando apontamos o dedo para julgar, três dedos apontam de volta para nós. Devemos usar este fato para corrigir distorções que beneficiam ações criminosas e buscar saídas para que o caso não se repita. Assim, o momento é oportuno para iniciarmos uma campanha em todo o país a favor da reforma política através do voto distrital, e mudarmos o sistema para que tais desvirtuamentos não voltem a ocorrer”, disse ele.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Solução fatiada não é reforma, é remendo


“Solução fatiada não é reforma, é remendo”
Por Guilherme Afif
Diante do entrave que a alta carga de impostos representa para a realização de negócios e para a competitividade do Brasil, a reforma tributária voltou ao debate como questão prioritária quando o assunto é o desenvolvimento do país. A principal discordância está na forma como as mudanças devem ocorrer. O governo federal já deu início às mudanças de forma “fatiada”, enquanto alguns especialistas defendem uma reforma ampla, com alteração na Constituição.
Para Afif, uma solução “fatiada” não é uma reforma, e sim um remendo: “O nosso sistema é tão remendado que vaza por todos os lados, e cria um verdadeiro caos para administrá-lo. Hoje o dispêndio de administração tributária de uma empresa é de quase 4% sobre o custo. Uma empresa média não tem condição de arcar com isso. O que está sendo feito, atende ao interesse dos entes federativos, e não do contribuinte. Falta uma visão de benefício da sociedade para tirar o peso das costas de quem produz. A reforma tributária precisa ser ampla, e isso só pode ser feito com uma constituinte exclusiva, como todas as outras reformas, e jamais com essa estrutura de congresso”.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Vale, MMX e Amil disparam, enquanto BB cai forte



O Ibovespa ganhou forças e fechou o dia em alta de 1,27%, aos 59.317 pontos - se recuperando do início do pregão negativo, em que quase todas as ações do índice chegaram a operar no negativo. Puxando esse movimento, destaque para as ações da Dasa (DASA3), que além de liderar os ganhos do índice com alta de 7,69%, terminando aos R$ 14,00, também foram as únicas do Ibovespa a operarem no positivo durante todo o pregão. Já o Banco do Brasil (BBAS3) liderou as perdas com queda de 2,98%, fechando o dia aos R$ 22,80.
Fora do índice, o destaque principal foi com as ações da Amil (AMIL3), que subiram 15,26%, fechando a R$ 29,16, repercutindo a notícia de que a empresa será vendida para a UnitedHealth Group - maior empresa de benefícios e serviços de saúde dos Estados Unidos - pretende adquirir 90% do capital da empresa por cerca de R$ 10 bilhões.

De acordo com comunicado enviado nesta segunda-feira, a primeira parte da associação será feita pela aquisição de 58,9% do capital total da Amil que pertencem à holding JPL. Segundo fato relevante, o valor de aquisição das ações da JPL foi fixado em R$ 6,498 bilhões, equivalente a R$ 7,917426 por ação ordinária da JPL e R$ 30,75 por ação AMIL3 - o que representaria um valor de mercado de pouco mais de R$ 11 bilhões para Amilpar.
Os papéis da empresa movimentaram um volume de R$ 142,86 milhões - bastante superior à média dos 21 pregões anteriores, que ficava em R$ 19,63 milhões. Contudo, essa maior procura por parte dos investidores pelas ações da Amil já vem chamando atenção nas últimas semanas, evidenciando um possível vazamento de informações no mercado, explicam operadores que pediram para não serem identificados.
Analisando a movimentação semanal das ações AMIL3, percebe-se que desde o começo de setembro os papéis da companhia apresentavam um volume financeiro acima da sua média diária. Nas quatro semanas entre o aumento do giro de negócios e do anúncio da compra pela UHG, os papéis da companhia brasileira acumularam alta de 21,7%.
Dasa sobe na esteira do anúncio
As ações da Dasa (DASA3) aproveitaram o bom momento, por conta de sua relação com a Amil - e a expectativa de que o setor ficará mais caro após esse movimento de aquisição. O volume também surpreende, já que com R$ 51,98 milhões negociados foi bastante superior à média diária dos últimos 21 dias, de R$ 25,43 milhões.
A ligação entre a Dasa e a Amil remonta a 2010, quando a primeira celebrou um memorando para a compra da MD1 Diagnósticos, uma empresa do grupo Amil. No entanto, segundo Mário Bernardes Junior, analista do BB Investimentos, não há nenhum indicativo de que parte dos recursos da venda da Amil poderia ser redirecionada para a Dasa. Vale lembrar que Edson Bueno, presidente e fundador da Amil, e Dulce de Godoy Bueno, vice-presidente do conselho de administração da Amil, detêm mais de 23% das ações ordinárias da Dasa, segundo informações da BM&FBovespa datadas do final de agosto.
Banco do Brasil lidera perdas do Ibovespa
A ação do Banco do Brasil sofreu depois que a instituição anunciou que irá reduzir em até 34% o preço cobrado pelos serviços oferecidos a clientes da instituição em resposta à pressão do governo federal para diminuir o custo financeiro no País.  
A movimentação da instituição é semelhante ao que aconteceu com os juros e com as taxas de administração de fundos de investimentos. Os bancos públicos atenderam o chamado do Planalto e deflagaram no mês de abril uma onda de cortes nas taxas cobradas em diferentes linhas de crédito. 
Mas dessa vez, pode ser pior para o BB, estima o analista Felipe Martins Silveira, da Coinvalores Corretora. "No caso da redução das taxas, você tem uma perspectiva que pode impactar em aumento de utilização de cartões, o que no médio prazo acaba ajudando. Porém, no caso da tarifa, não tem o mesmo efeito, já que você não vai usar mais os serviços do banco por causa dessa movimentação", avalia.
Ele pondera, contudo, que o mercado já estava trabalhando com esse corte, em linha com o que estava sendo traçado pelo governo. Desde a semana passada, esse movimento negativo dos papéis é visto na bolsa, embora tenha sido intensificado na última sexta-feira (5), quando os ativos chegaram a despencar 4,16%, sendo cotados a R$ 23,50.
Vale e MMX sobem forte
Já os papéis da MMX Mineração (MMXM3) subiram 6,71%, atingindo os R$ 4,61, enquanto os ativos ordinários da Vale (VALE3) tiveram ganhos 3,31% para R$ 37,10, acompanhando os preferenciais (VALE5) fecharam com alta de 2,94%, aos R$ 36,01. Por trás disso tudo, a forte alta do minério de ferro no mercado internacional: os ganhos da commodity no mercado chinês superaram os 6% pela manhã.
"E isso está ajudando bastante as duas empresas, com certeza é o minério de ferro que impulsiona essa alta", avalia Henri Evrard, analista da Infinity Asset, que lembra que isso é uma melhora significativa para a margem das duas companhias, cujo principal produto é a commodity. O minério volta para o patamar dos US$ 110 por tonelada - um preço que dificilmente será perdido por muito tempo.
"O minério de ferro para baixo deve ter vida curta, já que esse é o custo de produção para as mineradoras chinesas", destaca o analista. Para ele, das duas uma: ou o minério de ferro volta para cima desse patamar e garante a vida das empresas na China, ou elas fecham as portas e a falta de oferta garante que o minério volte a subir para cima desse patamar. "Para baixo dos US$ 110 por tonelada é bastante difícil ficar.
Provável corte de juros fortalece varejistas
As empresas ligadas ao setor de consumo tiveram ganhos nessa sessão: as ações da B2W Varejo (BTOW3) tiveram ganhos de 3,53%, terminando aos R$ 11,45, enquanto as de sua controladora - Lojas Americanas (LAME4) - tiveram alta de 3,83%, aos R$ 17,60. Por sua vez, os papéis da Hypermarcas (HYPE3) subiram 2,31%, terminando o dia aos R$ 15,95. 
"O mercado voltou a especular um possível corte da Selic na sessão de quarta, e o setor de consumo junto com o de construção é o mais afetado por isso", afirma João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos. Ele destaca que não há consenso entre o mercado sobre o rumo da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), mas as ações passam a tentar precificar esse movimento. "Isso geralmente já está precificado, mas essa decisão de quarta-feira está bastante dividida", diz. 
Por sua vez, dois papéis possuem motivos próprios que justificam essa valorização na abertura da semana. A Hypermarcas reflete o possível pagamento antecipado de debêntures, segundo espera o diretor financeiro da companhia, Martim Mattos, que declarou essa intenção em entrevista dada à Bloomberg. Isso pode ser extremamente positivo para uma companhia cuja alavancagem é uma das grandes preocupações. A companhia já havia feito algumas operações para reduzir o peso de sua dívida. 
Já a B2W continua a ser impactada por especulações, além de se recuperarem das quedas das últimas semanas. "É um caso diferente, por conta do case especulativo, seja vender para uma uma empresa estrangeira como a Amazon ou seja o fechamento de capital da empresa por sua controladora", avalia. Ele destaca que às vezes esse tipo de rumor ganha força, garantindo bastante volatilidade ao papel.
Alta de Pet Manguinhos perde forças
Dando continuidade às fortes altas registradas no último pregão, quando dispararam mais de
7%, as ações da refinaria de petróleos de Manguinhos - Pet Maguinhos (RPMG3RPMG4) registram forte alta no início do pregão, após a companhia anunciar um “Acordo de Confidencialidade” com a chinesa Sinopec por meio de sua empresa no Brasil, Sinopec Petroleum do Brasil.
Os papéis ordinários chegaram a subir 8,33%, mas terminaram o dia estáveis, aos R$ 0,84 depois de movimentar R$ 8,85 milhões - muito acima da média de R$ 800 mil nos últimos 21 pregões. Já os papéis preferenciais tiveram alta de 12,90% no intraday, mas também perderam forças e fecharam aos R$ 0,65 - indicando alta de 4,84%, movimentando R$ 3,56 milhões nesta sessão, bastante acima da média de volum, em torno de R$ 270 mil.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Mercado de Ações no Brasil: Tendencia de baixa


Farra do "almoço grátis" acabou no mercado de ações do Brasil?

Por Paula Barra

A Pimco (Pacific Investment Management Company) - uma das maiores gestoras de recursos do mundo, - adverte que a combinação de retornos atraentes em negócios que assegurem a sustentabilidade de geração de caixa está cada vez mais desafiadora no Brasil. O juro historicamente baixo no País (atualmente em 7,5% ao ano) não representa mais um sinal positivo claro para a renda variável, avaliam Maria Gordon, líder da equipe de ações para América Latina, e Richard A. Flax, analista para a região. 
Eles explicam que o juro baixo no Brasil não indica um cenário positivo para as ações. "As autoridades se moveram para um caminho de medidas macroprudenciais, o que gera uma enorme gama de implicações para os investidores em ações. No longo prazo, a redução do custo dos negócios no País será positiva, mas pode vir em detrimento da rentabilidade das empresas", reforçam. 
À primeira vista, contudo, eles acreditam que o impacto da Selic baixa será positivo: os custos de capital irão cair, os valuations devem aumentar, o crescimento econômico acelerar e, sem dúvida, isso deve se traduzir em melhor crescimento de lucro para as empresas. 
A realidade, por sua vez, será mais sutil, esperam Maria e Flax. O governo brasileiro quer que o juro fique em patamar baixo, mas também se resguardar dos perigos da aceleração da inflação. Como resultado, as autoridades se moveram para um caminho de medidas macroprudenciais, com uma enorme implicação para os aplicadores em ações no Brasil. Eles avaliam que ao passo que o custo de capital diminui no Brasil, os retornos e fluxo de caixa dos setores regulados ficam sob pressão.
Diante desse quadro, a Pimco vê quatro principais implicações para o mercado de ações no Brasil.
1.  A primeira delas seria que as mudanças políticas são imprevisíveis e significantes, promovendo inesperados impulsos para certos setores e significativos desafios para outros. 
2. Eles lembram que o retorno para os reguladores das indústrias estão mais suscetíveis às mudanças do atual momento. Historicamente, indústrias tais como elétricas e concessionárias de rodovias têm se beneficiado da queda do juro, mas o governo está "claramente" focado em dividir tais benefícios com o consumidor.
Como exemplo, eles apontam o recente corte no preço de energia no País através da criação de novas condições para quando os contratos de concessões forem renovados. Essas condições estão dentro do escopo dos contratos existentes, mas são mais onerosas do que o mercado de capitais esperava. Com isso, os altos retornos nas renovações de concessões desfrutados pelas geradoras brasileiras devem cair, potencialmente marcando o fim do "almoço grátis" no Brasil, em referência a uma expressão conhecida no mundo econômico, de que alguém sempre acaba pagando a conta, avaliam Maria e Flax. 
3. Em relação ao crédito, a Pimco afirma que as taxas são distorcidas pela atuação dos bancos estatais, principalmente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Caixa Econômica e Banco do Brasil (BBAS3). As instituições brasileiras viram sua lucratividade reduzir nos últimos anos, mas os estatais aceleraram a tendência ao se tornar cada vez mais agressivos na disponibilidade de crédito com juro baixo; e os bancos privados começaram a seguir. 
Os analistas avaliam que encontrar um patamar adequado de ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido, na sigla em inglês) continua um grande debate entre investidores. "Os bancos privados continuam convencidos de que o patamar de 20% é sustentável, mas reconhecemos que isso é desafiador. Nós acreditamos que baixos retornos podem ser compensados por elevados volumes, principalmente em hipotecas", reforçam. 
4. Por fim, eles apontam as medidas focadas no crescimento econômico, que deram impulso para as montadoras, fabricantes e revendedores de eletrodomésticos de linha branca. Ainda mais recente, o governo cortou o imposto na folha de pagamento de alguns setores. Cada um desses movimentos tem implicações imediatas e potencialmente significativas para uma série de setores, como o corte do IPI dos automóveis, que elevou fortemente as vendas de veículos a partir de maio desse ano. 
Diante desse cenário, a gestora reforça que está focada em encontrar retornos atraentes em negócios que assegurem a sustentabilidade de geração de caixa, mas essa combinação está cada vez mais difícil no País. "Em alguns casos, precisamos ver as expectativas de lucro antes de revistar alguns setores", disseram. Em particular, eles apontam que precisam ser cautelosos com os preços das ações que implicam altos retornos sobre o capital, especialmente em setores com incertezas regulatórias. 
Segundo eles, as empresas estatais estão cada vez mais indo contra os interesses dos acionistas minoritários. Eles apontam esse cenário para os investimentos nos orçamentos das grandes empresas do setor petróleo, diante de mudanças nos seus regimes fiscais e queda das margens, citando como exemplo a Petrobras (PETR3PETR4), que registra queda no investimento sobre capital, que foi de 46% em 2001 para 11% em 2011. 
Com uma lista cada vez mais apertadas de setores atraentes, a gestora lista o setor de consumo como uma boa opção em meio a esse cenário.