terça-feira, 12 de junho de 2012

Como anda a situação da Grécia, da Espanha e da Itália


Por Mirian Leitão

A Grécia está numa incerteza completa: as novas eleições serão no próximo domingo e ninguém sabe o que vai dar. Na primeira vez, houve grande fragmentação política; os eleitores atiraram para todos os lados. A extrema esquerda, que tem um discurso de rompimento, de não cumprimento de programas, cresceu nesse período. Se ganhar as eleições, ficará difícil para a Europa continuar dando dinheiro para o país.
A região quer tentar impor um limite de saque bancário. Está havendo corrida aos bancos na Grécia, que está numa situação cada vez pior.
No caso da Espanha, a primeira reação ao resgate foi de euforia, mas depois os mercados começaram a levantar dúvidas: como será a transferência do dinheiro?
O primeiro-ministro Mariano Rajoy disse que o resgate não terá condicionalidades, ou seja, a troika não vigiaria a política econômica, mas ontem, algumas autoridades da zona do euro e da Alemanha disseram que quem dá dinheiro quer exigências. O que se sabe até agora é que haverá controle sobre o uso dos recursos, que têm destino específico: reestruturar os bancos.
Estão tentando fazer uma forma diferente de controle, mas será difícil tratar a Espanha de outro jeito, já que também está sendo resgatada. Dizem que é um resgate só do sistema bancário, mas é ele que financia o governo. Não tem como fazer um meio resgate.
E a Itália é a bola da vez. Ontem, a Bolsa de Milão foi a que mais caiu. A pergunta que aparece é a seguinte: será que precisará ser resgatada? Como é muito grande, não haveria dinheiro para ajudá-la. A dívida/PIB do país é maior do que a da Espanha e nunca se aproximou dos limites estabelecidos. O país sempre gastou muito.
O cenário do contágio, que se temia, já está acontecendo, mas não é algo descontrolado. Está todo mundo no olho do furacão. Até bancos alemães foram rebaixados, porque têm muitos papéis dos outros países. A crise se espalhou.

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