segunda-feira, 3 de maio de 2010

Tecnologia a serviço da Humanidade, ou a serviço do Capitalismo?

Por Givaldo Fontes da Cruz

Quando o assunto é mercado de trabalho, o conhecimento tecnológico é uma variável de grande relevância. Inicio esse tema com uma simples provocação, afinal, as tecnologias empregam ou desempregam?

Não há uma resposta clara sobre o que as máquinas fazem por nós ou para nós. Por um lado, elas são a própria encarnação do investimento que move a economia capitalista. Por outro lado, na maioria das vezes, quando uma máquina entra, um trabalhador sai e, às vezes, muitos trabalhadores saem.

No início do século XIX, a agricultura era a ocupação quintessencial: praticamente manual, auxiliada por enxadas e pás, arados puxados por cavalos, carroças e afins. O que aconteceu àqueles cujos empregos foram tomados pelas máquinas? Migraram para outras áreas, nas quais a tecnologia estava criando novos postos de trabalho?

Assim como ocorreu na indústria, no setor de serviços a tecnologia criou com uma mão e tirou com a outra. O impacto das novas tecnologias e inovações organizacionais têm levado a mudanças na estrutura ocupacional e deslocamentos setoriais. Ocupações desaparecem, outras são reformuladas e novas são criadas. Setores novos, principalmente ligados à prestação de serviços, crescem em importância, ganhando uma maior participação econômica na composição do PIB das nações.

As novas tecnologias acabam transferindo inteligência do trabalhador para as maquinas e sistemas.

A esse fenômeno conceitua-se como Subsunção Formal, que é caracterizada pelo processo em que o capital apropria-se ( compra ) a mão de obra dos trabalhadores. O trabalhador ao vender sua força de trabalho ao capitalismo, acaba transferindo seu conhecimento para o capital.

O decorrer da história mostra que o capital apropria-se do conhecimento tecnológico para reduzir custos de produção e não para aumentar a produção de bens, essa lógica capitalista implica no contínuo aumento do desemprego, pois do ponto de vista do capital, buscar sistematicamente cada vez mais se apropriar do saber do trabalhador, dividir o trabalho em tarefas e rearranjar o trabalho, alcançar tempos ótimos para realização das tarefas é uma forma de garantir uma margem de lucro para remunerar o capital.

Observando que o conhecimento tecnológico é usado para reduzir custos de produção, seguindo essa linha de raciocínio a tecnologia está a serviço do capital ou da sociedade? Será que esse paradigma que parte do preceito que a tecnologia é usada para reduzir custos, acabará gerando desemprego estrutural, caracterizando uma crise mais geral do capitalismo? É possível mudar esse paradigma?

Outro fator que também tem grande relevância para o mercado de trabalho é fato internacionalização do capital, ou como é mais conhecido Globalização.
O conceito geral Globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma “Aldeia Global” que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.
A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datado (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975), ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.
As principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa universal, entre outros.
O ponto central, quando falamos em globalização diz resoeito a integração das economias. As grandes empresas montam suas unidades de produção onde a mão de obra é mais barata, como exemplo a China. Isso significa dizer que atualmente estamos atravesando um “Desemprego Global”.
Os produtos brasileiros concorem diretamente com produtos chinese. Por exemplo, enquanto escrevo esse texto estou usando um casco frabricado na China. A verdade é quando consumimos produtos importados, tendo o mesmo ou similar no Brasil, estamos gerando empregos para os paises exportadores, e consequentemente sacrificamos o mercado domestico. Posso citar cmo exemplo a fabrica de binquedo Estrelas, que até a decada de 90 tinha um quadro com 13 mil funcionários, no ano de 2000 a fabrica literalmente fechou as portas. A partir do ano 2000 os brinquedos made in china dominava o mercado brasileiro.
Esse exemplo apenas ilustra como o mercado de trabalho brasileiro é afetado pela a China e outros países, para resolver esse problema não percebo soluções faceis. A questão é: quando olhamos para o mercado de trabalho, intrisicamente percebemos detalhes complexios como: a) tecnologia que substitue mão de obra , b) concorrencia global, esses dois fatores, associado ao baixo crescimento economico, nos faz enteder aumento do desemprego que tivemos desde da décade de 90.
Até a decada de 90, para gerar emprego a equação era mais simples, bastava crescer a produção industrial para o emprego rapidamnete crescer na ponta. Hoje, para gerar mais empregos é muito mais completo, devido aos dois fatos anuciados: a) tecnologia que substitue mão de obra; b) concorrencia global.

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