quinta-feira, 31 de março de 2011

Os Fatores de Produção

Em economia, Recursos ou Fatores de Produção são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços, são eles: Terra, Trabalho e Capital. Terra: indica não só as terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos naturais.
Trabalho: refere-se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo.
Capital: compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos.

O conhecimento pode ser considerado um quarto fator de produção?

Atualmente, quando pagamos um produto, 25% do que pagamos é para pagar o produto, e 75% para pagar a pesquisa, o design, as estratégias de marketing, a publicidade, os advogados, os contadores, as relações públicas, os chamados “intangíveis”, e que Gorz chama de ‘o imaterial’. É uma cifra vaga mas razoável, e não é a precisão que nos interessa aqui. Interessa-nos o fato do valor agregado de um produto residir cada vez mais no conhecimento incorporado. Ou seja, o conhecimento, a informação organizada, representam um fator de produção, um capital econômico de primeira linha. A lógica econômica do conhecimento, no entanto, é diferente da que rege a produção física. O produto físico entregue por uma pessoa deixa de lhe pertencer, enquanto um conhecimento passado a outra pessoa continua com ela, e pode estimular na outra pessoa visões que irão gerar mais conhecimentos e inovações.

A inovação é um processo socialmente construído, e deve haver limites à sua apropriação individual?


quarta-feira, 30 de março de 2011

O Paradigma Neoliberal


O mercado é o paradigma da liberdade. O Desenvolvimento do capitalismo implicou na liberdade econômica, como valor central da sociedade[...] estabelece uma relação impessoal entre as pessoas, evita discriminações, protege as liberdades civis [...] mas também cria desigualdades [...] e gera injustiça porque protege o que é pior distribuído – a propriedade [...] Com isso, a desigualdade afeta gravemente a liberdade de expressão, o direito a educação e ao trabalho, mesmo quando proclama formalmente o respeito a esses direitos .

Victoria Camps

domingo, 27 de março de 2011

Sapo Fervido

É inegável a velocidade e a intensidade das transformações sociais, políticas e econômicas em todo o mundo. Mas o que tem sido feito, pelas empresas, para acompanhar estas mudanças tão turbulentas? Que respostas têm sido dadas às pressões do ambiente externo? Estamos mudando a organização, sistema de trabalho e, principalmente, o comportamento das pessoas para enfrentar e vencer este desafio do mundo globalizado da competitividade, de profissionais mais maduros e conscientes? É aqui que entra a síndrome do "sapo fervido".

Vários estudos biológicos provam que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo que aquecemos a água, até que ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. lnchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!


Muitos de nós têm comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar, que é só dar um tempo! E "quebram" ou fazem um grande estrago em suas empresas, "morrendo" inchadinhos e felizes, sem terem percebido as mudanças. Outros, graças a Deus, aos serem confrontados com as transformações, pulam, saltam; em ações que representam, na metáfora, as mudanças necessárias.

Temos vários sapos fervidos por aí, prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos na água que se aquece a cada minuto. Sapos fervidos que não perceberam que o conceito de administrar mudou.

O antigo "administrar é obter resultados através das pessoas" foi gradualmente substituídos por administrar é fazer as pessoas crescerem através do seu trabalho, atingindo os objetivos da empresa e satisfazendo suas próprias necessidades".

Os sapos fervidos não perceberam, também, que seus gerentes, além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E que para isso o clima interno tem que ser favorável ao crescimento profissional com espaço para o diálogo, para comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para uma relação adulta.

O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos culto ao individualismo e a turbulência exige hoje, o esforço coletivo, que é a essência da eficácia, como resposta. Tomar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal para o desenvolvimento e o espírito de equipe; exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir Os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência que manda quem pode e obedece quem tem juízo,"boiarão" no mundo da produtividade, da qualidade e do livre mercado.




Luiz Carlos Cabrera - Prof. da Getulio Vargas

sexta-feira, 25 de março de 2011

Reflexões, por Edgar Morin

"A consciência ecológica levanta-nos um problema de uma profundidade e de uma vastidão extraordinárias. Temos de enfrentar ao mesmo tempo o problema da vida no planeta Terra, o problema da sociedade moderna e o problema do destino do homem. Isto nos obriga a repor em questão a própria orientação da civilização ocidental. Na aurora do terceiro milênio, é preciso compreender que revolucionar, desenvolver, inventar, sobreviver, viver, morrer, anda tudo inseparavelmente ligado".

quinta-feira, 24 de março de 2011

O que é Educação?


Segundo a LDB n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996 educação é:

Art. 1º - educação compreendida como processo de formação humana

Art. 2º - educação é dever da família e do Estado. Tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho

Podemos dizer que educação é algo abrangente, e faz parte de todas as culturas. Educação é a troca de saberes e transformação social.


-Ensino: específico à educação formal, normalmente confunde-se Educação com Ensino.

Ou será que Educar é formar cidadãos para os subordinar às formas e costumes de ser do nosso país?

Educação na visão de Paulo Freire

Para refletir...

"Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação".


Peter Drucker.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Se me formasse aos 43 anos, a idade seria um empecilho para recomeçar?


Trabalho na mesma empresa há 12 anos, mas não estou contente. Em 2008, após três anos de curso, me formei em licenciatura matemática (foi o que deu para pagar), mas ainda não consegui emprego nessa área, por falta de oportunidades ou baixos salários. A minha dúvida é: se eu começar engenharia agora, estarei formado aos 43 anos. Essa idade é um empecilho para recomeçar ou seria melhor pensar em alguma pós-graduação? No caso da pós, nem tenho ideia em que área seria.
Em primeiro lugar, sugiro que você faça uma exercício de reflexão, no qual irá responder às seguintes questões: Quais são os meus objetivos? O que quero para mim? O que me deixaria feliz no campo profissional?
Se você não parar, vai acabar perdendo tempo e gastanto dinheiro em cursos que nesse momento não vão agregar valor algum. Não adianta realizar um curso somente porque dá para pagar. O que está em jogo é a sua carreira, sua ascensão profissional.
A partir do momento em que você tiver claro o que quer, fica mais fácil buscar o caminho e pensar em estratégias para atingir seu objetivo. Aos 43 anos, realmente fica um pouco mais díficil iniciar uma nova profissão, porém, nada é impossível, desde que realmente seja isso o que você quer.
Se formos pensar de uma forma mais racional, seria conveniente realizar uma pós-graduação com foco na área em que você trabalha e procurar se desenvolver no seu atual trabalho.
Mas, para que você possa decidir, faça uma análise de sua vida profissional. Por que você não está contente? O que está faltando?
Se quiser usar o curso de licenciatura em matemática, você poderia se desenvolver na área acadêmica. Pensar em fazer uma pós-graduação voltada para essa área e dar aulas em faculdade.



Stefania Lins Giannoni, psicóloga e headhunter


terça-feira, 15 de março de 2011

Brasil mostre a sua cara..

Após mostrar tanta riqueza (nada contra os ricos), mas vamos mostrar um pouco da nossa Desigualdade Social.
Abaixo dados do IDH do Brasil por estados da Federação ano 2010.
Entenda o que é IDH - click aqui


1° - Distrito Federal – 0,874 
2° - Santa Catarina – 0,840 
3° - São Paulo – 0,833 
4° - Rio de Janeiro – 0,832 
5° - Rio Grande do Sul – 0,832 
6° - Paraná – 0,820 
7° - Espírito Santo – 0,802 
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802 
9° - Goiás – 0,800 
10° - Minas Gerais – 0,800 
11° - Mato Grosso – 0,796 
12° - Amapá – 0,780 
13° - Amazonas – 0,780 
14° - Rondônia – 0,756 
15° - Tocantins – 0,756 
16° - Pará – 0,755 
17° - Acre – 0,751 
18° - Roraima – 0,750 
19° - Bahia – 0,742 
20° - Sergipe – 0,742 
21° - Rio Grande do Norte – 0,738 
22° - Ceará – 0,723 
23° - Pernambuco – 0,718 
24° - Paraíba – 0,718 
25° - Piauí – 0,703 
26° - Maranhão – 0,683 
27° - Alagoas – 0,677 


Tempo fechado

Ricardo Amorim  fala em no artigo anexo que a "Inflação e fatores externos voltam a atrapalhar  previsões para o Ibovespa".

http://www.ricamconsultoria.com.br/Entrevista-Ricardo-Amorim-Capital-Aberto-Cenario-Economico-Desfavoravel-para-Bolsa-2010-03.pdf.pdf

os dez mais afortunados do Brasil.

Depois da lista dos dez mais ricos do mundo, chegou a vez de saber quais são os dez mais afortunados do Brasil.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Porque existe tanta competição entre os seres humanos?


A vida de ser humano é uma constante luta pelo orgulho e status, ou seja, eu faço questões de ter o melhor carro, a melhor casa...e assim por diante!

O time que torço tem que ser o melhor, mas, se o meu time for campeão o que os torcedores ganham? Apenas o status de torcer para o time campão.
O filósofo iluminista Rousseau, mostra que a competitividade, a luta pelo orgulho o status, é uma característica endógena e constante na natureza humana, conforme trecho a seguir:

“Acostumam-se a reunir-se defronte das cabanas ou à volta de uma grande árvore; o canto a dança, verdadeiros filhos do amor e do lazer, tornaram-se a diversão, ou melhor, a ocupação dos homens e das mulheres ociosas e agrupadas. Cada qual começou a olhar os outros e a querer ser olhado por sua vez, e a estima pública teve um preço. Aquele que cantava ou dançava melhor; o mais belo, o mais forte; o mais hábil ou o mais eloqüente passou a ser mais considerado e esse foi o primeiro passo para a desigualdade e para o vicio ao mesmo tempo; dessas primeiras preferências nasceram, de uma lado a vaidade e o desprezo, do outro a vergonha e o desejo; e a fermentação causadas por esses novos germes produziu por fim compostos funestos à felicidade e à inocência”.


domingo, 13 de março de 2011

Indústria cultural e cultura de massa na visão de Marcuse



Para Marcuse, a sociedade industrial avançada acaba transformando o progresso científico e técnico em instrumento de dominação.
Essa sociedade industrial avançada acabava criando falsas necessidades que acabavam integrando o individuo não só ao sistema de consumo mas ao de produções.


Indústria Cultural

Conjunto de empresas e instituições cuja principal atividade econômica é a produção cultura, com fins lucrativos e mercantis

Cultura de Massa
Manifestações culturais produzidas para o conjunto das camadas mais numerosas da população; o povo, o grande público.


"Os meios de transporte e comunicação em massa, as mercadorias, casa, alimento, roupa, a produção irresistível da indústria de diversão e informação, trazem consigo atitudes e hábitos prescritos, certas reações intelectuais e emocionais, que prendem os consumidores aos produtos. Os produtos doutrinam, manipulam, promovem uma falsa consciência. Estando tais produtos à disposição de maior número de indivíduos e classes sociais, a doutrinação deixa de ser publicidade para tornar-se um estilo de vida”

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pré-requisito para nos credenciarmos como país de fato.

Por Paulo Fendler Jr.
Fico imaginando se houvesse um ranking com uma pontuação que estabelecesse quais critérios as nações deveriam ter para se proclamarem país.

Não obstante as inúmeras indicações que ouço, resumo algumas que estamos longe de ter e que são premissas básicas para essa intitulação.
O formato de perguntas tenta ao menos estimular alguma reflexão:
- É considerado país um sistema público de saúde que não tem capacidade de suprir as demandas mais prementes de nossa população?
- É considerado um país cujo sistema carcerário estabelece como realidade a maior superlotação por metro quadrado?
-É considerado um país cujas premissas constitucionais como direito a moradia, ao lazer, a educação e ao bem estar não é estendida a quem mais precisa?
- É considerado um país que em termos de infraestrutura oferta uma malha rodoviária que mata mais do que a guerra no Iraque?
- É considerado um país que ainda não resolveu os problemas de saneamento básico nos rincões desse nosso Brasil?
-É considerado um país que insiste em fechar os olhos para a expansão de moradias em áreas de risco?

Enfim, podemos dizer que esse pode ser considerado sim um país para:
- Os lucros faustosos concedidos ao sistema financeiro, advindos da alta taxa de juros.
- A possibilidade de sonegação fiscal de alguns empresários.
De resto é o país do futuro...ou uma terra de índio?

Eike Batista é o 8º maior bilionário do mundo

De acordo com a Forbes, com o aumento dos fluxos financeiros da Ásia, o total de bilionários no mundo chegou a 1.210 pessoas


O empresário brasileiro Eike Batista, dono de um conglomerado de empresas na área de petróleo, mineração e logística, manteve o oitavo lugar na lista dos maiores bilionários da revista americana Forbes, com um patrimônio líquido de US$ 30 bilhões. O magnata mexicano das telecomunicações Carlos Slim continua a liderar o ranking, com patrimônio líquido de US$ 74 bilhões, US$ 20,5 bilhões a mais que no ano passado. De acordo com a Forbes, com o aumento dos fluxos financeiros da Ásia, o total de bilionários no mundo chegou a 1.210 pessoas, ante 1.011 no ano passado.

Foi a 25ª edição da lista, com recorde no número de bilionários e no total de riqueza (US$ 4,5 trilhões), valor que ultrapassa o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha. O Bric (grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia e China) ficou com 108 dos 214 novos bilionários do ranking.

De acordo com a Forbes, 33% dos bilionários são dos Estados Unidos. Há cinco anos, 50% dos bilionários do ranking eram norte-americanos. A quantidade de bilionários da região da Ásia e do Pacífico superou a da Europa pela primeira vez, subindo de 234 no ano passado para 332 neste ano. Na China, o total de bilionários aumentou de 69 no ano passado para 115 neste ano. "A economia global está se recuperando, mas não em todos os lugares do mundo", disse o editor-chefe da publicação, Steve Forbes. "A lista reflete as extraordinárias mudanças que tomaram conta da economia global".

Em segundo lugar no ranking está o americano Bill Gates, dono da Microsoft, com um patrimônio líquido de US$ 56 bilhões, US$ 3 bilhões a mais que no ano passado. De acordo com a Forbes, Gates se destacou pelas "enormes" doações a entidades filantrópicas ao longo do ano. Em terceiro na lista está o megainvestidor americano Warren Buffett, da Berkshire Hathaway, com US$ 50 bilhões, e em quarto vem o francês Bernard Arnault, dono do Grupo Louis Vuitton, com US$ 41 bilhões.

Fonte: http://brasil.americaeconomia.com/notas/forbes-eike-batista-e-o-8-maior-bilionario-do-mundo



domingo, 6 de março de 2011

Falando de Economia

Como nosso espaço é para falarmos de Economia, Política, Sociedade e também coisas triviais, vamos falar um pouco de Economia, pois, as últimas postagens estão centradas no trivialíssimo (nada contra heim!).


Análise de Conjuntura – cenário para os próximos anos!
Por Ricardo Amorim

- Crescimento global liderado por Ásia...Exporte para lá.

- Mais consumidores globais…mais poluição…oportunidades em   sustentabilidade.

- Recessão prolongada nos países ricos...venda no mercado brasileiro.

- Dólar em queda livre nos próximos anos, salvo momentos de crise aguda...competição com produtos importados vai crescer.

- Crescimento do PIB próximo a 5% a.a. em média na próxima década.

- Novo boom de commodities e renda agrícola...oportunidades no interior.

- Expansão de crédito e recuo de juros ao consumidor após pequena elevação no início de 2011...

- Boom imobiliário, automobilístico, de eletroeletrônicos e turismo.

- Crescimento exponencial da demanda de produtos e serviços para 3ª idade.

- Renda em expansão...oportunidades em varejo, serviços e educação.

- Mais crescimento de consumo em regiões mais pobres da do estado e do país.

- Provável agravamento da crise européia causará nova crise global com alta temporária, mas aguda do dólar e indisponibilidade temporária de crédito em 2011.

Desafios do Novo Governo

Por  Antonio Lanzana e Luiz Martins Lopes -  Professores  da FEA/USP.

O quadro atual vivido pela economia brasileira mostra que, embora o País tenha registrado progressos inquestionáveis, o crescimento potencial do produto, em torno
de 4,5%, é muito inferior à média dos demais países emergentes (com efeito, enquanto no período 1994/2009 o PIB brasileiro cresceu à razão de 3,4% ao ano, os emergentes registraram 6,8% ao ano).
O grande desafio da economia brasileira para os próximos anos é acelerar o ritmo de crescimento potencial do produto sem perder a estabilização tão duramente conquistada.
A superação dessa limitação passa, necessariamente, pela elevação da taxa de investimento. Os níveis atuais de investimento (18% e 19% do PIB) não garantem crescimento sustentado com taxas superiores ao ritmo observado (cerca de 4,5%
ao ano).

Analisando-se as causas da reduzida taxa de investimento no Brasil, pode-se verificar que os desafios se concentram em três áreas: elevar os investimentos públicos, criar um ambiente regulatório propício à atuação do investimento privado na área de infraestrutura e gerar um clima mais favorável para os investimentos.
No que se refere ao primeiro item, percebe-se que nos últimos anos o governo reduziu significativamente os investimentos, apesar do aumento expressivo da receita.
A tabela mostra que enquanto na década de setenta (último período de crescimento acelerado do País) o governo tinha uma poupança da ordem de 5,5% do PIB (com uma carga tributária de 25,3%), no ano passado a poupança pública foi negativa em 2% (com uma carga tributária de 36% do PIB).

Na realidade, a grande distorção da política fiscal brasileira encontra-se no crescimento substancial das despesas correntes, as quais passaram de cerca de 20% do PIB na década de setenta, para 38% do PIB nos dias atuais. Com isso, a disponibilidade de recursos para investimento se contrai e explica a precária situação dos bens e serviços oferecidos pelo governo (portos, estradas, aeroportos, saneamento básico etc.).
É importante ressaltar, por outro lado, que a contração dos investimentos públicos afeta os investimentos privados dada a complementaridade entre ambos.

É natural que, ao analisar suas decisões de investimento, o setor privado leva em consideração a disponibilidade da infraestrutura; afinal, como pensar em investir para exportação, por exemplo, se os portos estão em condições precárias? E mesmo para o mercado interno, como aumentar a produção, se não há disponibilidade de estradas adequadas para transportar essa mesma produção?

Além disso, a ausência de infraestrutura faz com que muitas empresas preencham esta lacuna com investimentos próprios, saindo dos respectivos “core business”, o que reduz a produtividade não somente da empresa, mas da própria economia, na medida em que seria natural que ela fosse mais eficiente naquilo que é o seu foco de atuação.

A superação dessa distorção passa por uma nova dinâmica da política fiscal, com significativa expansão da poupança pública, o que permitiria não apenas ampliar os investimentos públicos, e ainda prover os recursos necessários para uma atuação mais decisiva e menos onerosa no mercado de câmbio. Uma taxa de poupança pública de 5% do PIB seria o mínimo necessário para atender as necessidades do País.
Muitos países superaram as carências de investimento em infraestrutura
atraindo o setor privado para atuar nessas áreas. Dado que muitos dos segmentos de infraestrutura representam, na realidade, atividades monopolistas, é natural
a presença do setor público para garantir o interesse do consumidor.

Esse papel duplo, de induzir o interesse do investidor privado e, ao mesmo tempo, garantir a situação do consumidor, é exercido no mundo pelas agências reguladoras.
Essas agências atuam de forma independente do poder executivo, e são dirigidas por especialistas em suas respectivas áreas, sem vínculos partidários. Isso garante
a criação de um marco regulatório confiável e estável.
No Brasil, ao contrário, depois de uma posição inicial mais favorável, as agências reguladoras passaram na atuar com objetivos políticos, até mesmo de geração de empregos, deixando de exercer o papel de independência e não criando marcos
regulatórios estáveis e confiáveis.

Vale destacar, por fim, o desafio de se criar um ambiente mais favorável aos investidores. Estudo efetuado pelo Banco Mundial (“Doing Business”) mostra que o Brasil apresenta um dos piores ambientes para se investir, sendo o 127º numa
amostra de 183 países. Entende-se por “ambiente para investimentos” um conjunto de aspectos que facilitam ou dificultam a vida das empresas, tais como: condições de abertura e fechamento de empresas, obtenção de licença ambiental, licença para uso do solo, desembaraço de mercadorias nos portos, complexidade da legislação trabalhista, carga tributária, e assim por
diante.
Certamente, a superação desses desafios, em especial a recuperação da capacidade de investimento do setor público, pode elevar a taxa de investimento e, por consequência,
a capacidade de crescimento potencial do PIB, aproximando-se dos países emergentes mais dinâmicos do mundo.

Perspectivas para 2011 e Próximos Anos

Considerando-se, no âmbito internacional, que os países desenvolvidos vão continuar “derrapando” e que a “guerra cambial” vai permanecer, e, no ambiente doméstico, que a estrutura da política econômica não se alterará, é possível esperar ajustes para reconduzir o País ao seu potencial de crescimento e tentar convergir a inflação para o centro da meta.


A partir de 2011, o crescimento do nível de atividade será menos acelerado, podendo-se esperar uma expansão de 4,5%. E sse é o crescimento factível para um país que investe 18% a 19% do PIB.

Outros emergentes crescem mais porque investem mais, como é o caso da China (40% do PIB), Coréia do Sul (33%) e Chile (25%).

Vale lembrar que o Brasil chegou a investir 25% do PIB na década de setenta, quando o investimento público situava-se entre 6% a 7% do PIB. Atualmente, essa taxa é de 1,0% a 1,5% do PIB.

A diferença é flagrante em relação a outros países. Na China, o investimento público é 20% do PIB, na Índia 6% e na Coreia do Sul 7%.

O redirecionamento do ritmo de crescimento para um pat amar mais baixo vai impor alterações na dinâmica fiscal. Pode-se esperar um maior disciplinamento dos gastos públicos (que devem continuar crescendo, mas a um ritmo mais modesto) e possível ampliação da receita tributária (não somente em função do PIB, mas também da elevação do IOF sobre entrada de capitais estrangeiros, da CSLL dos exportadores e do possível retorno da CPMF).



Considerando-se, porém, que medidas de ajuste fiscal levam mais tempo para surtir efeito, e que a inflação fecha 2010 com mais de um ponto percentual acima do centro da meta, novamente o Banco Central vai fazer o “jogo sujo”. Pode-se esperar um novo ciclo de alta de juros no início de 2011, encerrando o ano com 12%.

É importante observar que, apesar desse aumento em 2011, a tendência estrutural é de que os ciclos de elevação das taxas reais de juros sejam cada vez mais curtos e que tendam a cair nos próximos anos, como consequência da consolidação do processo de estabilização.

Um retrospecto da evolução das taxas reais de juros a partir da implantação do Plano Real ajuda a perceber essa tendência: no período 1994/1998, as taxas reais de juros foram da ordem de 19,5% ao ano; no período 1999/2003 caíram para 9,6% ao ano e mantiveram a tendência de queda até atingir cerca de 5,8% ao ano nos dias atuais.

Continuará havendo pressão para valorização do real (em função do cenário internacional), sendo provável que o governo volte a acionar seu “arsenal” de medidas paliativas, como nova elevação do IOF sobre entrada de capitais estrangeiros, adoção de algum tipo de “quarentena” e até mesmo a volta da cobrança de IR sobre rendimentos de aplicações financeiras dos estrangeiros (o que representaria um retrocesso, dado que voltaria a haver bitributação, pois o capital é novamente taxado no seu país de origem).

Essas medidas, com efeitos apenas a curto prazo, poderiam evitar uma valorização mais excessiva do real. Porém, uma mudança consistente da trajetória da taxa de câmbio virá somente com a ampliação do déficit em conta corrente.

Um resumo das projeções para os próximos dois anos é apresentado na tabela a seguir.

sábado, 5 de março de 2011

Concheça a meta do Todos pela Educação

META 1 - Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola

“Até 2022, 98% ou mais das crianças e jovens de 4 a 17 anos deverão estar matriculados e frequentando a escola”.

META 2 - Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos
“Até 2010, 80% ou mais, e até 2022, 100% das crianças deverão apresentar as habilidades básicas de leitura e escrita até o final da 2ª série ou 3º ano do Ensino Fundamental”.

META 3 - Todo aluno com aprendizado adequado à sua série
“Até 2022, 70% ou mais dos alunos terão aprendido o que é essencial para a sua série”.

META 4 - Todo jovem com Ensino Médio concluído até os 19 anos
"Até 2022, 95% ou mais dos jovens brasileiros de 16 anos deverão ter completado o Ensino Fundamental e 90% ou mais dos jovens brasileiros de 19 anos deverão ter completado o Ensino Médio”.

META 5 - Investimento em Educação ampliado e bem gerido
“Até 2010, mantendo até 2022, o investimento público em Educação Básica deverá ser de 5% ou mais do PIB”.
Em 2009 o investimento público direto em Educação Básica foi de 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto).


Indicadores Metas

2005 - 3,2 % do PIB
2006 - 3,2 %  do PIB
2007 - 3,6 %  do PIB
2008 - 3,8 %  do PIB
2009 - 4,0 %  do PIB
2010 - 4,3 %  do PIB
2021 - 5,0 % do PIB

Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-no-brasil/dados-sobre-as-5-metas

sexta-feira, 4 de março de 2011

Você quer evitar de cair na malha fina do IR?



Se livre das garras do Leão  - Malha fina: conheça os erros mais comuns e evite ter a declaração retida.


A pressa, a falta de atenção ou até o desconhecimento podem fazer com que os contribuintes cometam alguns erros na hora de preencher a declaração de Imposto de Renda. No entanto, muitas vezes esses equívocos não impedem que a declaração seja enviada à Receita, o que pode levar à retenção da declaração na malha fina ou ao atraso no processamento dos dados.

Entre os erros mais frequentes estão aqueles que se referem ao preenchimento da Ficha Rendimentos Tributáveis. Saiba evitá-los!

Informações incompletas

Informações incompletas e a falta de dados estão entre aqueles que mais retêm o contribuinte em malha. Entre os principais erros estão:

• não informar o CNPJ das fontes pagadoras no campo apropriado;
• não relacionar todos os rendimentos tributáveis, deixando de informar rendimentos como proventos de aposentadoria e os recebidos em ações trabalhistas;
• declarar valores diferentes dos constantes no comprovante de rendimentos fornecido pela fonte pagadora;
• receber rendimentos tributáveis de diversas fontes pagadoras, sem declarar todos os valores recebidos. Neste caso, todos os rendimentos tributáveis devem ser declarados, ainda que não tenham sofrido retenção pela fonte pagadora;
• informar incorretamente rendimentos de Fapi e Previdência Privada.

Evite ter a declaração retida

Para evitar problemas de atraso de processamento, ou correr o risco de ter a declaração retida, atenção às dicas:

• contribuinte deve informar corretamente o CNPJ da fonte pagadora, pois, se esse dado não for informado ou o CNPJ estiver inválido, a declaração pode não ser gravada;
• não subtraia os rendimentos isentos dos rendimentos tributáveis ali informados. O imposto retido na fonte sobre o décimo terceiro salário não deve ser somado ao imposto retido na fonte referente aos rendimentos tributáveis;
• caso esteja convencido de que as informações contidas no comprovante de rendimentos estejam incorretas, preencha as informações corretamente em sua declaração e solicite à fonte pagadora um novo comprovante, lembrando-a da necessidade de retificar as informações prestadas à RFB;
• os valores recebidos de Fapi (Fundos de Aposentadoria Programada Individual) devem ser informados pelo seu montante integral, como rendimentos tributáveis, sem direito à parcela isenta;
• os valores recebidos de previdência privada devem ser informados pelo seu montante integral, como rendimentos tributáveis, observando-se os casos de isenção previstos na legislação.

IR 2011

A temporada de declaração do IR 2011 vai até as 23h59min59seg do dia 29 de abril. Evite deixar a prestação de contas para a última hora, pois a correria dos últimos dias também pode induzir o contribuinte ao erro.

Fonte: Infomoney por Patricia Alves

Brasil e China: desconfiados, mas feitos um para o outro

O dólar está perdendo o valor?

EUA Europa e Japão - Como se livrar de tanta dívida?

De onde virão as vendas de veículos.

O gráfico abaixo mostra onde há mercado potencial, e os mercados que estão maduros.    



A liderança Economica dos EUA subiu no telhado...


Brasil a 7ª maior economia do Mundo, será?







Brasil deve passar Itália e se tornar 7ª maior economia do Mundo



O Brasil provavelmente já se tornou a sétima maior economia do mundo. Segundo estimativa de Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 3,675 trilhões em 2010 corresponde a US$ 2,089 trilhões, tomando-se a cotação média do dólar no ano. Com esse valor, o PIB brasileiro ultrapassa o da Itália no ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI), que é de US$ 2,037 trilhões.


Agostini diz que o ranking do PIB do FMI ainda tem uma estimativa para o crescimento em 2010 da Itália, e não o resultado efetivo do ano. Se a comparação for feita com a estimativa do PIB em 2010, que também é o que ainda consta do ranking, a Itália está na frente - o tamanho da economia brasileira seria de US$ 2,024 bilhões.

Segundo Agostini, o FMI só incluirá no seu ranking os resultados efetivos do crescimento do PIB dos diversos países em abril. “Só aí dá para dizer com 100% de certeza que o Brasil já é a sétima maior economia”, diz. A estimativa do FMI de crescimento do PIB italiano em 2010 é de 1%, enquanto o resultado efetivo foi de 0 1%. É bem possível que o tamanho do PIB da Itália caia quando o resultado efetivo for incluído em abril. Mas pode haver mudanças também no câmbio médio utilizado para converter para dólares.

No caso brasileiro, apesar de a estimativa de alta do PIB do FMI para 2010 ser exatamente os 7,5%, o valor do PIB no ranking é menor do que o calculado por Agostini por causa do uso de uma taxa de câmbio diferente. Ele nota que, no fim de 2011, o Brasil deve estar na frente da Itália, já que as expectativas de crescimento brasileiro são maiores. Em termos cambiais, ele espera que tanto o euro quanto o real se valorizem ante o dólar. Pelas previsões de Agostini, o Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2018, com PIB de US$ 3,3 trilhões, atrás de EUA, China, Japão e Alemanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Portal Exame

Para refletir...

“Seja a mudança que você deseja ver no mundo.”

Tudo depende de nós. Por que esperar pelos outros?


Tudo depende de nós mesmos...

E este é o momento de colocar em prática as mudanças que desejamos no mundo.

Se cada um de nós colocar em prática as mudanças que deseja para o mundo,

o mundo seria ....

Mahatma Gandhi, líder religioso


Um convite a Sociologia!

Alguns questionamentos que a Sociologia procura responder:

— Por que há poucos negros nas universidades brasileiras?

— Por que o Brasil é visto como um país em desenvolvimento, para

não dizer atrasado, em relação aos países mais ricos?

— Por que os negros são a maioria pobre do país?

— Por que o homem moderno cada vez mais se faz prisioneiro do

trabalho?

— Apesar de tanta riqueza produzida pelo trabalho no sistema capitalista,

por que se tem, em boa parte dos países, a maioria dos trabalhadores

em situação de pobreza?

Responder às perguntas acima, é muito desafiador e necessário.


Está aqui o caminho das pedras:  Sociologia! Livro Didático Público de Sociologia


terça-feira, 1 de março de 2011

Briefing Perfeito


Defendendo a Tese

Para quem gosta deduzir formulas matemáticas, aí vai uma sugestão

A Virtude do Egoísmo



Ayn Rand
Um “direito” é um princípio moral que define e sanciona a liberdade de acção de um homem num contexto social. Há apenas um direito fundamental (todos os outros são consequências ou corolários deste); o direito de um homem à sua própria vida. A vida é um processo activo de auto-sustento e auto-geração; o direito à vida significa o direito a empenhar-se no seu auto-sustento e na sua auto-geração – o que significa: a liberdade de se envolver em todas as acções necessárias pela natureza de ser um ser racional para apoiar, procurar e realizar ou usufruir da sua própria vida.
[…]
O direito à vida é a fonte de todos os outros direitos – e o direito à propriedade privada é a única forma de o implementar. Sem direitos de propriedade, nenhum outro direito é possível. Uma vez que o homem deve sustentar a sua vida através dos seus próprios esforços, o homem que não possui qualquer direito ao produto do seu esforço não tem meios para se manter vivo.
[...]
Não existe qualquer “direito a um emprego” – só existe o direito ao livre mercado, isto é: o direito de um homem aceitar um emprego se outro escolher contratá-lo. Não há qualquer “direito a uma casa”, apenas o livre mercado; o direito a construir uma casa ou a comprá-la. Não há qualquer “direito a um salário ‘justo’ ou a um preço ‘justo’” se ninguém escolher pagar um salário, contratar um homem ou comprar o seu produto. Não há “direitos dos consumidores” ao leite, sapatos, filmes ou champanhe se ninguém escolher produzir estes itens (só há o direito de alguém os produzir). Não há “direitos” de grupos especiais, não há “direitos dos agricultores, dos trabalhadores, dos patrões, dos empregados, dos empregadores, dos idosos, dos jovens, dos não nascidos”. Só há os Direitos do Homem – direitos possuídos por qualquer indivíduo e por todos os homens enquanto indivíduos.»

Os direitos de propriedade e os direitos ao mercado livre são os únicos “direitos económicos” (são de facto direitos políticos) – e não pode haver algo como “uma lei económica dos direitos”.»

Viver numa sociedade, ao contrário de viver numa ilha deserta, não alivia o homem da responsabilidade de ganhar a vida. A única diferença é que ganha a sua vida através da troca dos seus produtos ou serviços pelos produtos ou serviços de outrem. E, neste processo de troca, um homem racional não procura nem deseja nem mais nem menos do que os seus esforços merecem. O que determina os seus ganhos? O livre mercado, quer dizer: a escolha voluntária e o juízo dos homens que por sua vez estão dispostos a vender os seus esforços.

Quando um homem se envolve em trocas comerciais com outros, está a contar – explícita ou implicitamente – com a sua racionalidade, quer dizer: com a sua capacidade para reconhecer a valor objectivo do seu trabalho. Assim, quando um homem racional persegue um objectivo na sociedade, não se coloca a si próprio à mercê dos caprichos, favores ou preconceitos de outros; depende apenas do seu próprio esforço: directamente, por realizar um trabalho objectivamente valioso – indirectamente, através da avaliação objectiva do seu trabalho realizada pelos outros.

É neste sentido que um homem racional nunca deseja ou persegue um objectivo que não possa alcançar pelo seu próprio esforço. Troca valor por valor. Nunca procura ou deseja o imerecido. Se procura alcançar um objectivo que requer a cooperação de muitas pessoas, conta sempre apenas com a sua própria capacidade para as persuadir e com o seu consentimento voluntário.
[…]
Uma vez que um homem racional sabe que deve alcançar os seus objectivos pelo seu próprio esforço, sabe que nem a riqueza, nem os empregos nem qualquer valor humano existe numa dada quantidade estatística limitada, à espera de ser dividido. Ele sabe que todos os benefícios têm que ser produzidos, que o ganho de um homem não representa a perda de outro, que as realizações de um homem não são ganhas à custa daqueles que não o conseguiram.

Por isso, nunca imagina que possa ter qualquer tipo de reclamação imerecida e unilateral sobre qualquer direito humano – e nunca deixa os seus interesses à mercê de qualquer pessoa individual e concreta. Pode precisar de clientes, mas não de algum cliente em particular – pode precisar de compradores, mas não de algum comprador em particular – pode precisar de um trabalho, mas não de algum trabalho particular.

Se ele encontra concorrência, ou a enfrenta ou escolhe outro tipo de trabalho. Não um trabalho cujas exigências sejam tão baixas que passe desapercebido e não seja apreciado; nunca numa sociedade livre. Pergunte a qualquer director de gabinete.
[…]
Um homem racional sabe que não é possível viver da “sorte” ou de “oportunidades” ou de favores, pois não existe isso do “golpe de sorte” ou da oportunidade única, e que estas são garantidas precisamente pela existência da concorrência. Não considera qualquer objectivo ou valor concreto ou específico como insubstituível. Ele sabe que as únicas pessoas que são insubstituíveis são aquelas que amamos.»
[…]
Quem quer que consiga o emprego, é porque o mereceu (assumindo que a escolha do empregador é racional). Este benefício deve-se ao seu próprio mérito – não ao “sacrifício” de outro homem uma vez que nunca teve o direito incondicional a esse emprego.



Rand, Ayn (1964). The Virtue of Selfishness. New York: New American Library, pp. 93-7; 52-6 (Adaptado e traduzido por Vítor João Oliveira)